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sábado, 22 de fevereiro de 2014

História do Rancho do Povo


Povoado do Rancho do Povo

  O primeiro nome do povoado de Ranho do Povo foi Rancho das Mangabas, devido a grande quantidade de mangueiras no local.
  Na época das missões, o atual povoado de Rancho do Povo foi visitado por frei Vidal da Penha, um padre capuchinho que andou pelos sertões do Ceará, Pernambuco e outros estados entre 1781 e 1820 fazendo pregações e profecias. Com a sua chegada foram construídas cabanas de palha, onde ele e muitas pessoas ficavam arranchados. As pregações se davam na Casa de Pedra, que as ruínas existem até hoje. Como a quantidade de gente era muito grande mudou de Rancho das Mangabas para Rancho do Povo.
  Na localidade não tinha escola. Os donos de engenho Antonio Bel e João Bezerra contratavam professores particulares, com destaque para o mestre Sebastião, para ensinarem seus filhos e, às vezes seus sobrinhos. Muitos anos depois os filhos desses alunos colocavam seus filhos para estudarem em Guaraciaba do Norte ou no Ipú, quando em 1974 surgiu a escola de Martinslândia e foram estudar na mesma.
Em 1982 Regina Célia Bezerra terminava o 2º grau normal e colocou uma escola particular na garagem de sua casa, tendo como alunos seus primos e seus próprios colegas. Sua irmã, Núbia Bezerra também era professora na época. Aprendiam o alfabeto cantando.
  No ano de 1984, o prefeito de Croatá, José Antônio de Aragão, visitando a comunidade junto com o vereador de Betanha, Chico Cesário viram a necessidade de uma escola no local. A visita foi feita por intermédio de Olesbão Bezerra, avô de Francisca das Chagas Bezerra, também professora concludente do curso normal.
  Pode-se ficar pensando por que os políticos de Croatá se interessaram pelo Rancho do Povo se lá era Guaraciaba do Norte? A resposta é que na época, a maioria dos moradores votavam em Croatá, e este município queria a posse do Rancho do Povo, mas perdeu na justiça e hoje é ainda, Guaraciaba do Norte.
Eles colocaram a escola em uma casinha isolada dentro das capoeiras com duas salas de aula e lá começaram a lecionar Regina Célia Bezerra e Francisca das Chagas Bezerra com turmas de multisseriado da educação infantil à 5ª série.
  A escola funcionou nesta casinha durante três anos até que o prefeito de Guaraciaba do Norte, na época Antonio Bezerra Marques com medo de perder todos os eleitores para Croatá, elaborou um projeto que consistia na construção de uma escola para o Rancho do Povo.
A escola tem duas salas de aula, uma sala dos professores com banheiro, um banheiro masculino e outro feminino, uma cantina com despensa e um pátio. O terreno que abriga a escola é de 40m², doado pelo proprietário Antonio Cláudio Bezerra. As primeiras professoras foram Regina Célia Bezerra e Francisca das Chagas Bezerra, anos depois vieram a Neuma Bezerra, Antonilda e outras.
  Na comunidade de Rancho do Povo tem água encanada para os moradores, proveniente de um poço profundo artesiano e luz elétrica, sendo uma rede monofásica e outra trifásica.
  As pessoas ficam curiosas para saber o motivo de chamarem o Rancho do Povo de Quebra. O motivo é que, na época em que transportavam cargas em comboios de animas, estava passando uma carga de rapadura, quando uma égua caiu em um buraco e quebrou um quarto. E daí, começaram a se referirem aquele local de quebra-égua. Por isso a razão de chamarem de Quebra.


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