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segunda-feira, 2 de março de 2015

Renascimento - Humanismo - Questões gabaritadas

1. (Puccamp)

As ordens já são mandadas, já se apressam os meirinhos.
Entram por salas e alcovas, relatam roupas e livros:
(...)
Compêndios e dicionários, e tratados eruditos
sobre povos, sobre reinos, sobre invenções e Concílios...
E as sugestões perigosas da França e Estados Unidos,
Mably, Voltaire e outros tantos, que são todos libertinos...
(Cecília Meireles, Romance XLVII ou Dos sequestros. "Romanceiro da Inconfidência")

A referência compêndios, dicionários e tratados eruditos no século XVIII nos sugere uma clara valorização do conhecimento científico, postura que também se verifica no período conhecido como Renascimento. Contribuíram para eclosão deste amplo movimento cultural na Europa,
a) a unificação da Itália e o enfraquecimento da Igreja católica.
b) as descobertas científicas e a revolução industrial na Inglaterra.
c) o fortalecimento das burguesias e o desenvolvimento dos centros urbanos.
d) a Contrarreforma e a fragmentação do poder político dos soberanos.
e) a expansão marítima e a hegemonia árabe na península ibérica.

2. (Uff) A "Carta de Pero Vaz de Caminha", escrita em 1500, é considerada como um dos documentos fundadores da Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores gerais da cultura renascentista, dentre os quais destaca-se:
a) a visão do índio como pertencente ao universo não religioso, tendo em conta sua antropofagia;
b) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos pelo renascimento no que tange à impossibilidade de se formar nos trópicos uma civilização católica e moderna;
c) a identificação do Novo Mundo como uma área de insucesso devido à elevada temperatura que nada deixaria produzir;
d) a observação da natureza e do homem do Novo Mundo como resultado da experiência da nova visão de homem, característica do século XV;
e) a consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por Deus na Gênese.

3. (Cesgranrio) A Revolução Científica, ocorrida na Europa Moderna entre os séculos XVI e XVII, caracterizou-se por:
a) acentuar o espírito crítico do homem através do desenvolvimento da ciência experimental.
b) reforçar as concepções antinaturalistas surgidas nos primórdios do Renascimento.
c) comprovar a tese de um universo geocêntrico contrária à explicação tradicional aceita pela Igreja Medieval.
d) negar os valores humanistas, fortalecendo assim as ideias racionalistas.
e) confirmar os fundamentos lógicos e empiristas da filosofia escolástica em sua crítica aos dogmas católicos medievais.

4. (Fatec) Em O RENASCIMENTO, Nicolau Sevcenko afirma:
"O comércio sai da crise do século XIV fortalecido. O mesmo ocorre com a atividade manufatureira, sobretudo aquela ligada à produção bélica, à construção naval e à produção de roupas e tecidos, nas quais tanto a Itália quanto a Flandres se colocaram à frente das demais. As minas de metais nobres e comuns da Europa Central também são enormemente ativadas. Por tudo isso muitos historiadores costumam tratar o século XV como um período de Revolução Comercial."

A Revolução Comercial ocorreu graças:
a) às repercussões econômicas das viagens ultramarinas de descobrimento.
b) ao crescimento populacional europeu, que tornava imperativa a descoberta de novas terras onde a população excedente pudesse ser instalada.
c) a uma mistura de idealismo religioso e espírito de aventura, em tudo semelhante àquela que levou à formação das cruzadas.
d) aos Atos de Navegação lançados por Oliver Cromwell.
e) à autossuficiência econômica lusitana e à produção de excedentes para exportação.

5. (Fatec) Entre os séculos XIV e XVI a Europa viveu uma época de muitas transformações no campo das técnicas, das artes, da política, da religião e do próprio conhecimento que o homem tinha do mundo em si mesmo.
Sobre esse período histórico, é correto afirmar:
a) Os reinos da França e da Inglaterra enfraqueceram-se devido à crise do sistema feudal, que empobrecera os nobres exatamente no momento de enriquecimento da burguesia mercantil e financeira, o que permitiu que os reis concentrassem mais poder em suas mãos.
b) Surgiram nessa época "projetos" políticos que diziam respeito às formas de um governante proteger e aumentar seu poder.
c) Durante esse período, quando os reinos independentes se fortaleceram, a Igreja esforçou-se para assegurar o poder espiritual, abandonando sua preocupação anterior com a manutenção de seu poder temporal.
d) Esse período foi de paz entre os papas e os imperadores; por isso, não se investiu na criação de armas de guerra nem em fortificações.
e) Os comerciantes começaram a entrar em choque direto com a antiga ordem medieval, impondo sua forma de vida e seus valores, à medida que passaram a concentrar as riquezas, das quais dependiam também a Igreja e governantes.

6. (Fgv) Erasmo de Rotterdam (1467-1536) foi um dos pensadores mais influentes de sua época, sobretudo porque em sua obra ELOGIO DA LOUCURA defendeu, entre outros aspectos,
a) a tolerância, a liberdade de pensamento e uma teologia baseada exclusivamente nos Evangelhos.
b) a restauração da teologia nos termos da ortodoxia escolástica, na linha de Tomás de Aquino.
c) a reforma eclesiástica da Igreja segundo a proposta de Savonarola, conforme sua pregação em Florença.
d) o comunismo dos bens, teoria que influenciaria o pensamento de Rousseau no século XVIII.
e) a supremacia da razão do Estado sobre as regras definidas nos princípios da moral cristã.

7. (Fuvest) "Se volveres a lembrança ao Gênese, entenderás que o homem retira da natureza seu sustento e a sua felicidade. O usuário, ao contrário, nega a ambas, desprezando a natureza e o modo de vida que ela ensina, pois outros são no mundo seus ideais."
                (Dante Alighieri, A DIVINA COMÉDIA, Inferno, canto XI, tradução de Hernâni Donato).

Esta passagem do poeta florentino exprime:
a) uma visão já moderna da natureza, que aqui aparece sobreposta aos interesses do homem.
b) um ponto de vista já ultrapassado no seu tempo, posto que a usura era uma prática comum e não mais proibida.
c) uma nostalgia pela Antiguidade greco-romana, onde a prática da usura era severamente coibida.
d) uma concepção dominante na Baixa Idade Média, de condenação à prática da usura por ser contrária ao espírito cristão.
e) uma perspectiva original, uma vez que combina a prática da usura com a felicidade humana.

8. (Mackenzie) Galileu Galilei (1564 - 1642) rompeu com as concepções medievais sobre a natureza do conhecimento, EXCETO por:
a) defender a ideia da experiência científica, combinando a indução experimental com cálculos dedutivos.
b) pregar que qualquer conhecimento científico deveria ser comprovado experimentalmente, reproduzindo-se o fenômeno sob determinadas condições.
c) refutar as teorias acerca do sistema geocêntrico de Ptolomeu, com base no sistema heliocêntrico de Copérnico.
d) desenvolver uma concepção hierárquica estática e natural sobre o universo, através de premissas dedutivas que demonstram as conclusões.
e) pregar a rigorosa observação dos fenômenos físicos, estabelecer uma metodologia do conhecimento científico e formular a lei da queda dos corpos.

9. (Mackenzie) O Humanismo foi um movimento que não pode ser definido por:
a) ser um movimento diretamente ligado ao Renascimento, por suas características antropocentristas e individuais.
b) ter uma visão do mundo que recupera a herança greco-romana, utilizando-a como tema de inspiração.
c) ter valorizado o misticismo, o geocentrismo e as realizações culturais medievais.
d) centrar-se no homem, em oposição ao teocentrismo, encarando-o como "medida comum de todas as coisas".
e) romper os limites religiosos impostos pela Igreja às manifestações culturais.

10. (Puccamp) Sobre a importância do renascimento urbano e comercial, na fase de transição do feudalismo para o capitalismo, pode-se destacar:
a) o caráter assistencialista das corporações de ofício influindo na democratização da ordem social.
b) o enfraquecimento do poder dos reis à medida que as cidades se tornaram independentes da nobreza feudal.
c) o estímulo à centralização monárquica, à unificação das moedas, pesos e medidas e ao mercantilismo.
d) a oposição da burguesia comerciante à prática da usura e consequente apoio da Igreja aos seus empreendimentos marítimos.
e) o crescimento da burguesia repercutindo na decadência da política econômica mercantilista e na formação dos Estados Nacionais.

11. (Uff) Dentre os temas desenvolvidos pela cultura renascentista há um que se mantém presente até hoje - a utopia - despertando atenção, principalmente, em finais de século.
Assinale a opção que se refere à ideia de utopia defendida no século XVI.
a) A ideia de utopia como tema central dos manuais de escolástica que se transformou no valor político mais importante da Igreja romana.
b) A ideia de utopia expressa por São Francisco de Assis, nas suas lições sobre a natureza dos homens e dos animais.
c) A ideia de utopia que revelava o caráter de oposição da Igreja ao novo tempo mundano e secular da renascença.
d) A ideia de utopia apresentada por Maquiavel em sua obra, O Príncipe, na qual defendeu o republicanismo.
e) A ideia de utopia exposta por Thomas Morus, na qual criticava os humanistas que reivindicavam a autoridade soberana do Príncipe. 

12. (UNEM) O franciscano Roger Bacon foi condenado, entre 1277 e 1279, por dirigir ataques aos teólogos, por uma suposta crença na alquimia, na astrologia e no método experimental, e também por introduzir, no ensino, as ideias de Aristóteles. Em 1260, Roger Bacon escreveu: "Pode ser que se fabriquem máquinas graças às quais os maiores navios, dirigidos por um único homem, se desloquem mais depressa do que se fossem cheios de remadores; que se construam carros que avancem a uma velocidade incrível sem a ajuda de animais; que se fabriquem máquinas voadoras nas quais um homem (...) bata o ar com asas como um pássaro. Máquinas que permitam ir ao fundo dos mares e dos rios"
                (apud. BRAUDEL, Fernand. "Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII São Paulo: Martins Fontes, 1996, vol. 3).

Considerando a dinâmica do processo histórico, pode-se afirmar que as ideias de Roger Bacon
a) inseriam-se plenamente no espírito da Idade Média ao privilegiarem a crença em Deus como o principal meio para antecipar as descobertas da humanidade.
b) estavam em atraso com relação ao seu tempo ao desconsiderarem os instrumentos intelectuais oferecidos pela Igreja para o avanço científico da humanidade.
c) opunham-se ao desencadeamento da Primeira Revolução Industrial, ao rejeitarem a aplicação da matemática e do método experimental nas invenções industriais.
d) eram fundamentalmente voltadas para o passado, pois não apenas seguiam Aristóteles, como também baseavam-se na tradição e na teologia.
e) inseriam-se num movimento que convergiria mais tarde para o Renascimento, ao contemplarem a possibilidade de o ser humano controlar a natureza por meio das invenções. 

13. (Uel) A arte renascentista, de uma forma geral, se caracterizou pela
a) representação abstrata do mundo.
b) estreita relação entre arte-romantismo-melancolia.
c) representação cubista da ideia de Deus.
d) aproximação entre arte-pesquisa-inovações técnicas.
e) valorização estética dos afrescos da antiguidade egípcia.

14. (Ufc) A cultura renascentista favoreceu a valorização do homem, estimulando a liberdade de expressão presente em diferentes manifestações artísticas e literárias. Entretanto, a participação da Igreja Católica, entre os mecenas, pode ser associada:
a) à renovação das ideias defendidas pela hierarquia eclesiástica, que se deixara influenciar pelo liberalismo burguês.
b) à continuidade do cristianismo como religião dominante, limitando a liberdade de expressão aos valores estabelecidos pela Igreja.
c) ao engajamento da intelectualidade católica nas experiências científicas, na tentativa de conciliar razão e fé.
d) às novas condições de vida na Europa, que extinguiram a persistência dos valores religiosos na sociedade.
e) ao surgimento de novas ordens religiosas, defensoras do mecenato como um meio de maior liberdade de expressão.

15. (Ufmg) "Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio, tão vário na capacidade; em forma o movimento, tão preciso e admirável; na ação é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo, o exemplo dos animais."
                               (SHAKESPEARE, William. HAMLET.)
O valor renascentista expresso nesse texto é
a) o antropomorfismo.
b) o hedonismo.
c) o humanismo.
d) o individualismo.
e) o racionalismo.

16. (Ufmg) Miguel de Cervantes, um dos grandes expoentes renascentistas, pretendia com seu livro DOM QUIXOTE
a) denunciar o papel submisso da mulher, representado pela heroína Dulcinéia.
b) exaltar os valores da cavalaria, da honra, do herói, imortalizados na figura de Dom Quixote.
c) fazer uma crítica aos valores medievais, satirizando-os nas figuras de Dom Quixote e Sancho Pança.
d) mostrar a inutilidade da luta contra a Igreja, utilizando a imagem de Dom Quixote lutando contra os moinhos de vento.
e) satirizar a figura do monarca absoluto, ao entronizar Sancho Pança como rei da imaginária ilha da Cocanha.

17. (Ufpe) Os caminhos da renovação científica favoreceram o surgimento de teorias que abriram novos caminhos para lançar os alicerces da ciência moderna. O inglês Francis Bacon foi um dos renovadores que escreveram obras importantes. Sobre ele, podemos afirmar que:
a) escreveu uma obra intitulada "Ensaios", onde faz uma importante análise do ser humano.
b) compartilhou do método cartesiano e foi defensor do racionalismo positivista.
c) não teve pretensões políticas; daí, sua grande dedicação à ciência.
d) formulou, juntamente com Campanella, a idealização da chamada Cidade do Sol.
e) foi, com Newton, o inventor do método indutivo, o qual revolucionou a Química e a Física.

18. (Unirio) Ao final do Renascimento, diversas transformações culturais e sociais ocorridas na Europa, entre os séculos XVI e XVII, propiciaram o surgimento da Revolução Científica. Esse movimento caracterizou-se por um (a):
a) predomínio da concepção de um universo fechado e sobrenatural.
b) negação dos valores individualistas do homem e das concepções naturalistas.
c) crítica à ciência medieval expressa no retorno do pensamento escolástico.
d) afirmação do monopólio da Igreja Católica na explicação das coisas do mundo.
e) valorização do espírito crítico e do método experimental.

19. (Unirio) Criada pelos humanistas italianos e retomada por Vasari, a noção de uma ressurreição das letras e das artes graças ao reencontro com a Antiguidade foi, seguramente, fecunda (...). Essa noção significa juventude, dinamismo, vontade de renovação (...). Teve em si a inevitável injustiça das abruptas declarações de adolescentes, que rompem ou creem romper com os gostos e as categorias mentais dos seus antecessores. Mas o termo "Renascimento", mesmo na acepção estrita dos humanistas, que o aplicavam, essencialmente, à literatura e às artes plásticas, parece-nos atualmente insuficiente.
                (DELUMEAU, Jean. A CIVILIZAÇÃO DO RENASCIMENTO. Lisboa, Editorial Estampa, 1983, vol.1, p.19)

A revisão que o autor nos apresenta com relação ao termo Renascimento aponta para o fato de que a (o):
a) Idade Média não deve mais ser vista como um período de obscurantismo onde a cultura estava totalmente morta.
b) cultura medieval já realizava um questionamento ao teocentrismo, fato que foi apenas aprofundado pelo Humanismo e pelo Renascimento.
c) ruptura que os humanistas pretendiam com a Idade Média era apenas aparente, pois a suposta inspiração na Antiguidade esteve sempre subordinada aos padrões medievais.
d) obscurantismo medieval não impediu a existência de uma produção artística, embora esta fosse esteticamente inferior à da Renascença.
e) Humanismo ainda imprime ao Renascimento uma visão conformista com relação ao mundo, o que muito se assemelhava ao pensamento medieval.

20. (Fuvest) Já se observou que, enquanto a arquitetura medieval prega a humildade cristã, a arquitetura clássica e a do Renascimento proclamam a dignidade do homem. Sobre esse contraste pode-se afirmar que
a) corresponde, em termos de visão de mundo, ao que se conhece como teocentrismo e antropocentrismo;
b) aparece no conjunto das artes plásticas, mas não nas demais atividades culturais e religiosas decorrentes do humanismo;
c) surge também em todas as demais atividades artísticas, exprimindo as mudanças culturais promovidas pela escolástica;
d) corresponde a uma mudança de estilo na arquitetura, sem que a arte medieval como um todo tenha sido abandonada no Renascimento;
e) foi insuficiente para quebrar a continuidade existente entre a arquitetura medieval e a renascentista.

Reforma Protestante e Contrarreforma

Causas

O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas: abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista.

A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita.

A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos.
Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão).

No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.

O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista, começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.

A Reforma Luterana

O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica. Afixou na porta da Igreja de Wittenberg as 95 teses que criticavam vários pontos da doutrina católica.

As 95 teses de Martinho Lutero condenava a venda de indulgências e propunha a fundação do luteranismo ( religião luterana ). De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé. Embora tenha sido contrário ao comércio, teve grande apoio dos reis e príncipes da época. Em suas teses, condenou o culto à imagens e revogou o celibato. 

Martinho Lutero foi convocado as desmentir as suas 95 teses na Dieta de Worms, convocada pelo imperador Carlos V. Em 16 de abril de 1521, Lutero não so defendeu suas teses como mostrou a necessidade da reforma da Igreja Católica.


A Reforma Calvinista
João Calvino: reforma na França 

Na França, João Calvino começou a Reforma Luterana no ano de 1534. De acordo com Calvino a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto. Essa ideia calvinista, atraiu muitos burgueses e banqueiros para o calvinismo. Muitos trabalhadores também viram nesta nova religião uma forma de ficar em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a ideia da predestinação (a pessoa nasce com sua vida definida).

A Reforma Anglicana

Na Inglaterra, o rei Henrique VIII rompeu com o papado, após este se recusar a cancelar o casamento do rei. Henrique VIII funda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras.

A Contra-Reforma Católica

Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de Trento ficou definido: 

- Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas;
- Retomada do Tribunal do Santo Ofício - Inquisição : punir e condenar os acusados de heresias
- Criação do Index Librorium Proibitorium (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de ideias contrárias à Igreja Católica.

Intolerância

Em muitos países europeus as minorias religiosas foram perseguidas e muitas guerras religiosas ocorreram, frutos do radicalismo. A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), por exemplo, colocou católicos e protestantes em guerra por motivos puramente religiosos. Na França, o rei mandou assassinar milhares de calvinistas na chamada Noite de São Bartolomeu.

Você sabia?

- É comemorado em 31 de outubro o Dia da Reforma Protestante. A data é uma referência ao 31 de outubro de 1517, dia em que Martinho Lutero pregou suas 95 teses na porta da Igreja de Wittemberg (Alemanha).

Pré-História - Resumo

Pré-História - Resumo

Apesar da variação quando a exatidão de data, a Pré-História inicia há aproximadamente 3,6 milhões de anos. Termina com o surgimento da escrita, há 4 mil anos. 
Características: o estilo de vida nômade fez com que estes seres humanos – a partir da África – criassem redes de migrações para outras regiões do planeta. 
O termo Pré-História é utilizado para fins de periodização, isso porque a História começa com o surgimento do primeiro ser humano. Povos ágrafos, ou seja, sem escrita, é um dos termos utilizado por alguns estudiosos ao fazerem referência ao período.
A Arqueologia e a Paleontologia estudam esse período a partir dos fósseis e de instrumentos, desenhos, restos de habitações e outros vestígios da vida humana. 
Quanto a origem do ser humano, há duas principais vertentes: o Criacionismo e o Evolucionismo. 
  • O Criacionismo: concepção religiosa, baseada na ideia da criação do ser humano por um ser divino.
  • O Evolucionismo: concepção ciêncífica, baseada nos estudos de Darwin sobre evolução humana. 
O evolucionismo não defende a ideia de que o ser humano evoluiu do macaco. Ambos tiveram um ancestral comum, mas seguiram caminhos evolutivos diferentes. 
As principais etapas da evolução humana são: 
  • Australopiteco: ancestral mais antigo do ser humano. 
  • Homo Habilis: inventou as primeiras ferramentas. 
  • Homo Erectus: Sabia utilizar alguns instrumentos feitos de pedra e era um hábil caçador. 
  • Homo Sapiens Neanderthalensis – ou Homem de Neandertal: já tinha preocupações espirituais e noção da morte.
  • O Homo Sapiens: Já era um artesão habilidoso e os seus utensílios eram melhores e mais eficientes do que todos os outros feitos anteriormente. 
A Pré-História foi dividida em três fases (de acordo com o material utilizado pelos primeiros humanos na fabricação de suas ferramentas):
  • O Paleolítico (Idade da Pedra Lascada): Os indivíduos deste período fabricavam a maior parte dos utensílios com pedras - os seres humanos eram nômades - viviam da caça e da coleta - abrigavam-se em cavernas ou choupanas feitas de galhos e cobertas de folhas - Nas cavernas surgiram pinturas denominadas de arte rupestre, com reprodução de cenas de caça - o fogo representa uma descoberta muito importante desse período.  
O uso do fogo para preparar alimentos desempenhou um papel importante na transformação física humana. O fato de a carne cozida ser mais fácil de mastigar do que a crua tornou desnecessárias as mandíbulas potentes e dentes enormes. 
  • O Neolítico (Idade da Pedra Polida): Os indivíduos deste período aprimoraram os instrumentos de pedra, polindo-os e tornando-os cada vez mais afiados - a agricultura e a criação de animais - o ser humano tornou-se sedentário. Surgiram as comunidades fixas, ou aldeias, compostas de cabanas rodeadas por uma cerca protetora - vem daí a origem da cerâmica. Com o excedente de produção agrícola, surgiu o comércio. 
O conjunto significativo de mudanças sociais, políticas, culturais e econômicas resultantes do surgimento da agricultura, é denominado revolução agrícola ou revolução neolítica.
  • Idade dos Metais: último período da Pré-História - o primeiro metal utilizado foi o cobre. De início, era martelado a frio, depois fundido no fogo e moldado em fôrmas de barro ou pedra. Mais tarde, o homem descobriu a liga do cobre com o estanho, obtendo o bronze, que é um metal mais duro. 

Primeira Guerra Mundial – Resumo

Primeira Guerra Mundial - Resumo
Foto: Reprodução

A Primeira Guerra Mundial aconteceu entre os anos de 1914 e 1918, porém, tempos antes, principalmente entre os anos de 1870 e 1914, o mundo vivia uma grande euforia que era conhecida como Belle Epóque (Bela Época). Era um período em que se experimentava um grande progresso tanto no campo econômico quanto no tecnológico. Os países ricos viviam momentos de esperança, crentes de que iriam impor seus desejos aos países mais pobres. Porem, na verdade, todo esse clima de festa estava escondendo fortes tensões que viriam a deflagrar aquela que também ficou conhecida como a Grande Guerra ou Guerra das Guerras, um dos maiores acontecimentos da história mundial.
Quanto mais os países europeus se industrializavam, maior ficava a disputa entre eles, que queriam dominar não apenas a Europa, mas modernizar sua economia se sobrepondo sobre as outras nações. Esse clima acirrado provocou uma forte tensão, pois os países industrializados disputavam os mercados consumidores mundiais e as matérias primas com todas as armas que lhes eram possíveis.

Causas

Com essa disputa acirrada pelo mercado mundial, foram surgindo os primeiros sinais de que uma grande guerra estaria vindo pela frente. O países da Europa começaram a investir em tecnologia de guerra, engrossando as fileiras do exército. Além disso, foi desenvolvido uma política que ficou conhecida como “política de alianças”. Foram assinados acordos militares que dividiram os países europeus em dois blocos, que mais tarde dariam início a primeira Guerra Mundial. A divisão colocava de um lado a Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro, que formavam a Tríplice Aliança, e do outro a Rússia, França e Inglaterra, compondo a Tríplice Entente.
Não podemos esquecer do revanchismo que existia entre a França e a Alemanha, já que no final do século XIX durante a Guerra Franco-Prussiana o país havia perdido a região da Alsácia-Lorena para os Alemães, e agora desejavam poder retomar a região novamente.
Uma das causas que provocou a guerra propriamente dita foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, enquanto fazia uma visita a Saravejo, região da Bósnia-Herzegovina. O criminoso era um jovem que pertencia a um grupo Sérvio (Mão Negra) que era contra a intervenção da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. Insatisfeito com as atitudes tomadas pela Sérvia contra o criminoso, o império austro-húngaro declarou guerra à Sérvia em 28 de julho de 1914.

A Guerra

Com a guerra tendo iniciado, alguns dos primeiros ataques aconteceram contra o continente africano e no oceano pacífico, onde haviam colônias e territórios ocupados pelos europeus. A África do Sul foi atacada pelas forças alemãs em 10 de agosto, pois as terras pertenciam ao império Britânico. A Nova Zelândia invadiu a Samoa, que pertencia a Alemanha, e a Força Naval e expedicionária Australiana desembarcou na ilha de New Pommem, que viria a se tornar futuramente a Nova Bretanha, que na época fazia parte da chamada Nova Guiné Alemã.
Coube ao Japão invadir as colônias micronésias e o porto alemão que abastecia carvão, de Qingdao, na península chinesa de Shandog.
Todos esses ataques fez com que em pouco tempo a Tríplice Entente tivesse dominado todos os territórios alemães no Pacífico.
No ano de 1917 os Estados Unidos decidiram entrar na guerra. Eles se posicionaram ao lado da Tríplice Entente, já que tinham acordos comerciais milionários envolvidos com países como Inglaterra e França. Esta união foi crucial para a vitória da Entente, o que acabou forçando os países derrotados a assinarem a rendição.
A partir de então foi feito o Tratado de Versalhes, que impôs aos derrotados fortes restrições, fazendo com que, por exemplo, a Alemanha reduzisse seu exército, que fosse mantido um controle sobre a indústria bélica do país, a devolução da região Alsácia-Lorena à França, além de ter que pagar os prejuízos da guerra aos países vencedores.

Resumo das consequências da Primeira Guerra Mundial

A guerra trouxe inúmeras consequências, entre elas:
  • Centenas de Famílias destruídas e crianças órfãs (Cerca de 10 milhões de mortos)
  • Os EUA vieram a se tornar o país mais rico do mundo
  • Fragmentação do império Austro-Húngaro 
  • Surgimento de alguns países (Iugoslávia) e desaparecimento de outros
  • Divisão do império turco após 200 anos de decadência 
  • Aumento do desemprego na Europa

Introdução à História





01. (Faap-SP) É costume dividir a História em Idades. A Idade Antiga: aproximadamente 3200 a.C. com a escrita, até 476 d.C., com a queda do Império Romano do Ocidente e mais:
I - Idade Média: da queda do Império Romano, em 476 d.C., até 1453 d.C., com a queda de Constantinopla.
II - Idade Moderna: da queda de Constantinopla, 1453 d.C., até 1789 d.C., ano da Revolução Francesa.
III - Idade Contemporânea: de 1789, com a Revolução Francesa, até os dias atuais.
Estão corretas as afirmações:
a) apenas a I
b) apenas a II
c) apenas a III
d) todas estão corretas
e) todas estão erradas

02. (UECE) Por muito tempo, os historiadores acreditavam que deveriam e poderiam reproduzir os fatos "tal como haviam ocorrido".
Dentre as características do conhecimento histórico que assim produziam, podemos assinalar corretamente:
a) Ao privilegiarem a realidade dos fatos, os historiadores esperavam produzir um conhecimento científico, que analisasse os processos e seus significados.
b) Era uma história linear, cronológica, de nomes, fatos e datas, que pretendia uma verdade absoluta, expressão da neutralidade do historiador.
c) Como se percebeu ser impossível chegar à verdadeira face do que "realmente aconteceu", todo o conhecimento histórico ficou marcado pelo relativismo total.
d) Os fatos privilegiados seriam aqueles poucos que eram amplamente documentados, como as festas populares e a cultura das pessoas comuns.

03. (UFPB) O conhecimento histórico evoluiu muito no Ocidente. Suas linguagens, teorias e conceitos exigem do historiador uma formação profissional complexa e abrangente.
Sobre a historiografia e sua evolução, é correto afirmar que
a) a História-crônica surgiu no século XIX, influenciada pelo positivismo.
b) o conceito de representação é chave para a História-ciência, especialmente na investigação das realidades econômicas.
c) a análise quantitativa é muito utilizada pela Nova História Social para compreender o cotidiano e os mitos.
d) a ciência da História surgiu na Antigüidade, fruto da criação do método crítico por Heródoto.
e) a perspectiva da História Total foi contribuição do Marxismo para a abordagem das estruturas econômico-sociais.

04. (UFPE) História é a ciência que:
a) estuda os acidentes históricos e geográficos do planeta Terra.
b) se fundamenta unicamente em documentos escritos.
c) estuda os acontecimentos do passado dos homens utilizando-se dos vestígios que a humanidade deixou.
d) estuda os acontecimentos presentes para prever o futuro da humanidade.
e) estuda a causalidade dos fenômenos físicos e sociais com base no empirismo.

05. (UnB-DF) Pelo olhar do poeta, também é possível compreender determinados aspectos essenciais para a conceituação da História. Leia, por exemplo, Carlos Drummond de Andrade:
"Aconteceu há mil anos?
Continua acontecendo.
Nos mais desbotados panos
Estou me lendo e relendo."

Ou, ainda, do mesmo autor:
"O tempo é minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida (presente.)"
Com o auxílio das observações de Drummond, julgue os seguintes itens, referentes ao conceito de História e ao ofício do historiador.
(1) Tendo por objeto o estudo do passado, a História parte das contingências da "vida presente" para inquirir aquilo que passou.
(2) Especialmente em épocas de crise generalizada, sobressai o papel que se espera do historiador: lembrar o que os outros esqueceram.
(3) O quarteto acima traz a idéia de que o passado é continuamente reescrito, a partir de cada presente e de seus novos interesses, eliminando, assim, a possibilidade de a História conter um caráter científico.
(4) A reconstrução do passado, exatamente como ele ocorreu, é o que fazem os historiadores, independentemente de suas convicções ideológicas e pessoais.

06. (UERJ) "Eu era garotão ainda quando a Força Expedicionária Brasileira chegou à Itália. Passaram na minha cidade, porque foram de  Salermo para Siena. Fazia parte do batalhão um cidadão italiano, que veio para cá pequenino e depois se naturalizou. O pai deste soldado tinha deixado uma filha pequena na Itália com um irmão que não conseguia ter filho nenhum. Então o rapaz sabia que tinha uma irmã em Paola, que ele não conhecia e que era criada por um tio. Pediu consentimento para os oficiais e chegou em Paola, chegou lá para conhecer a irmã. Não sabia nem falar italiano, só falava português. Ninguém entendia nada. Aí procuraram o meu pai, que falava bem o português e meu pai serviu de intérprete para ele poder conhecer a irmã."
(Depoimento de Vicenzo Figlino)
(In: GOMES, A.C. (org). "Histórias de família entre a Itália e o Brasil". Niterói: Muiraquitã, 1999.)
Uma das formas que o historiador utiliza para estudar uma época é recolher depoimentos de pessoas que viveram experiências no passado. O depoimento acima pode estar identificado por um tipo de memória ligado a um contexto histórico.
A alternativa que apresenta, respectivamente, a qualificação para este tipo de memória e uma referência relacionada ao depoimento é:

a) social - imigração italiana
b) oficial - Segunda Guerra Mundial
c) oficial - Força Expedicionária Brasileira
d) social - construção da cidadania italiana

07. (UnB-DF) No limiar do século XX, às vésperas da Primeira Guerra Mundial, o historiador francês Ernest Lavisse fornecia as instruções para o ensino da História aos jovens de seu tempo, das quais reproduz-se o trecho seguinte:
"Ao ensino histórico incumbe o dever glorioso de fazer amar e de fazer compreender a pátria, todos os nossos heróis do passado, mesmo envolto em lendas. Se o estudante não leva consigo a viva lembrança de nossas glórias nacionais, se não sabe que nossos ancestrais combateram por mil campos de batalhas por nobres causas, se não aprendeu o que custou o sangue e o esforço para constituir a unidade da pátria e retirar, em seguida do caos de nossas instituições envelhecidas, as leis sagradas que nos fizeram livres, se não se torna um cidadão compenetrado de seus deveres e um soldado que ama a sua bandeira, o professor perdeu seu tempo."
Com o auxílio das idéias defendidas pelo historiador Lavisse, julgue os itens que se seguem.
(1) A História é escrita pelos pesquisadores e deve ser ensinada pelos mestres com o compromisso de quem pesquisa e ensina as grandes questões de seu tempo.
(2) A visão excessivamente patriótica do autor expõe concepções que, no alvorecer do século XX, entendiam que o historiador tinha como função glorificar a nação, o Estado e as instituições.
(3) O "ensino histórico", no contexto do Brasil contemporâneo, deve ser, sobretudo, um instrumento de combate para fazer que as armas intelectuais estejam a favor da unidade da pátria e do amor de cada cidadão pela sua bandeira.
(4) A revolução metodológica no ensino da História tornou-se, no fim do século XX, completamente racional e neutra, sem qualquer possibilidade de interferência da ideologia na teoria.

08. (UECE) Sobre as relações entre passado e o presente no trabalho do historiador, podemos afirmar corretamente que:
a) é o presente que direciona todo o trabalho do historiador, fazendo-o escolher no passado somente aqueles fatos e documentos que interessam às suas opções políticas.
b) o interesse por certos temas e as formas de abordar a história são influenciados pelas experiências diretas do historiador e suas opções políticas e sociais.
c) o passado se impõe ao historiador através dos documentos, não importando as pressões nem os interesses do pesquisador.
d) o historiador pode constituir quantos passados quiser, já que seu trabalho depende exclusivamente dos interesses mutáveis do presente.

09. (UFCE) "A História humana não se desenrola apenas nos campos de batalha e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais entre plantas e galinhas, nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos, nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas."
Ferreira Gullar
No que refere ao fato histórico e à produção do conhecimento histórico, é correto afirmar que:
a) o fato histórico não tem que ser, necessariamente, um grande acontecimento; ele também se faz no cotidiano das pessoas.
b) a missão do historiador é, a partir dos documentos primários; estabelecer os fatos históricos e estudá-los em sua linearidade.
c) o trabalho do historiador é mostrar os fatos como realmente ocorreram, não cabendo uma abordagem crítica.
d) a nova História tem-se preocupado, basicamente, em gerar uma produção histórica objetivando contestar a interpretação marxista da História.
e) a história marxista enfoca fatos históricos protagonizados por "Heróis", reforçando a ideologia da classe dominante. 

 GABARITO

Resposta 01: letra d

Resposta 02: letra b

Resposta 03: letra e

Resposta 04: letra c

Resposta 05: V V F F

Resposta 06: letra a

Resposta 07: V V F F  

Resposta 08: letra b

Resposta 09: letra a 

Imperialismo - Neocolonialismo - Partilha da África e da Ásia - Questões diversas

1. (Cesgranrio 90) A "partilha do mundo" (1870 -1914) resultou do interesse das potências capitalistas europeias em: 
a) investir seus capitais excedentes nas colônias, obter mercados fornecedores de matérias-primas e reservar mercados para seus produtos industrializados; 
b) desenvolver a produção de gêneros alimentícios nas colônias, visando suprir as deficiências de grãos existentes na Europa na virada do século; 
c) buscar "áreas novas" para a emigração, uma vez que a pressão demográfica na Europa exigia uma solução para o problema; 
d) promover o desenvolvimento das colônias através da aplicação de capitais excedentes em programas sociais e educacionais; 
e) favorecer a atuação dos missionários católicos junto aos pagãos e assegurar a livre concorrência comercial. 

2. (Cesgranrio 94) A industrialização acelerada de diversos países, ao longo do século XIX, alterou o equilíbrio e a dinâmica das relações internacionais. Com a Segunda Revolução Industrial emergiu o Imperialismo, cuja característica marcante foi o(a): 
a) substituição das intervenções militares pelo uso da diplomacia internacional. 
b) busca de novos mercados consumidores para as manufaturas e os capitais excedentes dos países industrializados. 
c) manutenção da autonomia administrativa e dos governos nativos nas áreas conquistadas. 
d) procura de especiarias, ouro e produtos tropicais inexistentes na Europa. 
e) transferência de tecnologia, estimulada por uma política não intervencionista. 
3. (Fatec 95) Segundo as teorias desenvolvimentistas, a guerra era concebida como: 
a) uma necessidade de ampliar o mercado interno substituindo as importações. 
b) uma política econômica tendendo a desvalorizar a produção agrícola. 
c) uma forma de criar condições para a importação de tecnologia estrangeira. 
d) um recurso complementar e necessário à importação de produtos primários. 
e) uma política econômica que necessitava do apoio de todas as classes sociais para ser implementada. 
4. (Fuvest 82) A conquista da Ásia e da África, durante a segunda metade do século XIX, pelas principais potências imperialistas objetivava 
a) a busca de matérias primas, a aplicação de capitais excedentes e a procura de novos mercados para os manufaturados. 
b) a implantação de regimes políticos favoráveis à independência das colônias africanas e asiáticas. 
c) o impedimento da evasão em massa dos excedentes demográficos europeus para aqueles continentes. 
d) a implantação da política econômica mercantilista, favorável à acumulação de capitais nas respectivas Metrópoles. 
e) a necessidade de interação de novas culturas, a compensação da pobreza e a cooperação dos nativos. 
5. (Fuvest 87) A expansão colonialista europeia do século XIX foi um dos fatores que levaram: 
a) à diminuição dos contingentes militares europeus. 
b) à eliminação da liderança industrial da Inglaterra. 
c) ao predomínio da prática mercantilista semelhante à do colonialismo do século XVI. 
d) à implantação do regime de monopólio. 
e) ao rompimento do equilíbrio europeu, dando origem à Primeira Guerra Mundial. 

6. (Fuvest 89) Uma das frases a seguir, atribuída a um pensador de fins do século XIX, indica a prática política que prevalecia nas relações internacionais da Europa de então. Qual? 
a) Uma paz injusta deve ser preferida a uma guerra justa. 
b) O que faz o Estado é a força em primeiro lugar, a força em segundo lugar e ainda outra vez a força. 
c) A convivência pacífica do concerto das nações pede uma França forte, amiga de uma Alemanha forte, diante da aliança anglo-russa. 
d) Não impedir que alemães ocupem território alemão é a vitória do bom senso sobre o formalismo dos tratados. 
e) A lei e a ordem mundiais dependem de um Ocidente civilizado unido frente à ameaça asiática: esta é a missão do homem branco. 
7. (Fuvest 90) No século XIX a história inglesa foi marcada pelo longo reinado da rainha Vitória. Seu governo caracterizou-se: 
a) pela grande popularidade da rainha, apesar dos poderes que lhe concedia o regime monárquico absolutista vigente. 
b) pela expansão do Império Colonial na América, explorado através do monopólio comercial e do tráfico de escravos. 
c) pelo início da Revolução industrial, que levou a Inglaterra a tornar-se a maior produtora de tecidos de seda. 
d) por sucessivas crises políticas internas, que contribuíram para a estagnação econômica e o empobrecimento da população. 
e) por grande prosperidade econômica e estabilidade política, em contraste com acentuada desigualdade social. 
8. (Cesgranrio 91)Um dos aspectos mais importantes do sistema capitalista, na sua passagem do conteúdo liberal ao monopolista, é a associação entre:
a) os interesses bancários e os capitais oriundos da produção agrícola na forma do capital financeiro.
b) o capital bancário e o capital industrial na forma do capital financeiro.
c) o capital financeiro e o capital fundiário como forma de conservação dos ideais fisiocratas.
d) o Estado e a economia garantindo a manutenção da posição não-intervencionista do Estado na produção industrial.
e) o Estado e a economia através da distribuição dos lucros da produção industrial aos pequenos agricultores.
9. (Mackenzie 96) Uma das alternativas a seguir NÃO corresponde às diferenças entre o colonialismo do século XVI e o Neocolonialismo do século XIX. 
a) A principal área de dominação do Colonialismo europeu foi a América e o Neocolonialismo voltava-se para a África e a Ásia. 
b) O Colonialismo teve como justificativa ideológica a expansão da fé cristã, enquanto que no Neocolonialismo, a missão civilizadora do homem branco foi espalhar o progresso. 
c) Os patrocinadores do Colonialismo foram a burguesia financeiro-industrial e os Estados da Europa, América e Ásia, enquanto que os do Neocolonialismo, o Estado metropolitano europeu e sua burguesia comercial. 
d) O Colonialismo buscava garantir o fornecimento de produtos tropicais e metais preciosos, enquanto que o Neocolonialismo, a reserva de mercados e o fornecimento de matérias-primas. 
e) A fase do capitalismo em que o Colonialismo se desenvolveu denominou-se Capitalismo Comercial e a do Neocolonialismo, Capitalismo Industrial e Financeiro. 
10. (Mackenzie 96) Novas formas de organização das empresas surgiram no final do século XIX, cujas características são: 
a) concentração de várias unidades de produção em grandes Companhias, Trustes ou Cartéis e a formação de "Holding Companies." 
b) casas de créditos bancários, que realizaram operações de exploração de produtos tropicais através de companhias marítimas. 
c) a limitação do capitalismo monopolista através da transferência das matrizes das empresas para países pequenos. 
d) implementação de normas técnicas de predomínio da qualidade, ampliação da livre concorrência e instalação de filiais móveis. 
e) empresas em que os trabalhadores, através das "holdings", participavam obrigatoriamente da distribuição dos lucros. 
11. (Puc-rio 2005) Assinale a alternativa correta a respeito da expansão imperialista na Ásia e na África, na segunda metade do século XIX. 
a) Ela derivou da necessidade de substituir os mercados dos novos países americanos, uma vez que a constituição de Estados nacionais foi acompanhada de políticas protecionistas. 
b) Ela foi motivada pela busca de novas fontes de matérias-primas e de novos mercados consumidores, fundamentais para a expansão capitalista dos países europeus. 
c) Ela foi conseqüência direta da formação do Segundo Império alemão e da ampliação de suas rivalidades em relação ao governo da França. 
d) Ela atendeu, primordialmente, às necessidades da expansão demográfica em diversos países europeus, decorrente de políticas médicas preventivas e programas de saneamento básico. 
e) Ela viabilizou a integração econômica mundial, favorecendo a circulação de riquezas, tecnologia e conhecimentos entre povos e regiões envolvidos. 
12. (Puccamp 93) A Expansão Neocolonialista do século XIX foi acelerada essencialmente, 
a) pela disputa de mercados consumidores para produtos industrializados e de investimentos de capitais em novos projetos, além da busca de matérias-primas. 
b) pelo crescimento incontrolado da população européia, gerando a necessidade de migração para a África e Ásia. 
c) pela necessidade de irradiar a superioridade da cultura européia pelo mundo. 
d) pelo desenvolvimento do capitalismo comercial e das práticas do mercantilismo. 
e) pela distribuição igualitária dos monopólios de capitais e pelo decréscimo da produção industrial. 
13. (Udesc 96) A China desponta nos dias de hoje como uma das possíveis grandes potências do próximo século. Todavia, até meados do século XIX, ela era um país em grande parte isolado do restante do mundo e que, apesar de apresentar uma economia enfraquecida, resistia à voracidade dos interesses ocidentais. Naquela época os primeiros a quebrarem esse isolamento foram os ingleses 
Assinale a ÚNICA alternativa que corresponde aos meios empregados pelos ingleses para impor à China o comércio e outras influências ocidentais: 
a) a monopolização do comércio da região, pela Companhia das Índias Ocidentais; 
b) a Guerra do Ópio, com ataques às cidades portuárias chinesas; 
c) a assinatura de tratados de livre comercialização do chá chinês; 
d) a Guerra dos Boers, levando ao extermínio os nativos da região; 
e) a imposição à China de uma nova forma de governo com feições ocidentais. 
14. (Ufes 2004) No século XIX, assistiu-se à consolidação da sociedade burguesa por meio do amadurecimento do capitalismo industrial e da expansão de mercados. Essas transformações foram nomeadas por economistas e historiadores como Imperialismo. 
Sobre esse período, NÃO é correto afirmar que 
a) a necessidade de novos mercados de fornecimento de matérias-primas baratas e de escoamento de produtos industrializados conduziu as grandes potências europeias ao neocolonialismo. 
b) as nações europeias mais industrializadas fecharam seus mercados para as concorrentes, dando origem à política de ocupação territorial e econômica de regiões do mundo menos desenvolvidas. 
c) a corrida neocolonial foi dirigida por Estados europeus voltados para a aplicação da política mercantilista, baseada no bulhonismo e no exclusivo comercial. 
d) a expansão econômica e política das potências industriais, em escala mundial, durante o século XIX, deu início à fase monopolista do sistema mundial capitalista. 
e) os mercados afro-asiáticos foram integrados ao sistema de produção, dominado pelos industriais e banqueiros, que investiam seus capitais na comercialização de produtos e na realização de empréstimos. 
15. (Unesp 93) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiam características novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem branco marcavam o auge da hegemonia européia. Assinale a alternativa que encerra, no plano ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas. 
a) A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, é algo inimaginável para os ocidentais. 
b) A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente. 
c) A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano. 
d) A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos viajantes naturalistas contribuíram para quebrar a resistência cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas. 
e) O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas colonizadas em contato com o mundo exterior.

GABARITO
1.A     2.B     3.A     4.A     5.E     6.B     7.E     8.B 9.C    10.A   11.B   12.A   13.B   14.C   15.B