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domingo, 17 de agosto de 2014

Estude a história da cidadania e democracia para o Enem

Dicas de estudo
Desenvolvendo e aprimorando habilidades e competências
1. Não é em todo lugar do mundo que existe liberdade de imprensa. Procure informações sobre a ONG Repórteres sem Fronteiras. Conheça a sua atuação pelo mundo. A instituição divulga uma lista em que classifica os países conforme o nível de liberdade de imprensa. Relacione as características comuns entre os primeiros colocados na lista. Faça o mesmo com os últimos.
2. Leia o livro “Capitalismo para Principiantes” de Carlos Eduardo Novaes.
3. Até que ponto a imprensa colabora para a democracia e até que ponto pode representar somente as classes dominantes. Veja o documentário “Muito Além do Cidadão Kane” e pense a esse respeito. Você pode encontrá-lo no site www.midiaindependente.org.
4. Estude o Movimento Cocaleiro na Bolívia. Descubra quais suas reivindicações e qual sua forma de atuação. Compreenda como esse movimento social conseguiu eleger o presidente daquele país. O livro “O Movimento Cocaleiro na Bolívia”, de Vivian Urquidi, pode ajudá-lo.
5. O Sistema Único de Saúde (SUS) foi uma conquista de vários movimentos sociais no Brasil. Faça uma pesquisa sobre isso. Depois assista ao documentário “Sicko – SOS Saúde”, do diretor Michael Moore e compare nosso sistema de saúde com o americano.
6. Vários países passaram, ou passam, por períodos em que é negada a democracia e a cidadania à população. Em 1974, a canção “Grandola, Vila Morena” foi uma das senhas utilizadas para o início da Revolução dos Cravos, que libertou Portugal da ditadura fascista de Franco. Conheça a música e reflita sobre a relação entre a letra da música e períodos ditatoriais do Brasil (1937 a 1945 e de 1964 a 1980). Se quiser conhecer melhor a história, procure o filme “Capitães de Abril”, de Maria Medeiros, ou pesquise na Internet.

Veja abaixo algumas questões, relacionadas à competência 5 de Humanas (Cidadania e Democracia) que já caíram nas provas do novo Enem:
Exemplo 1 – cidadania e democracia – competência 5 de Humanas
Neste primeiro exemplo temos a discussão sobre as manifestações do ano de 1968, época de grande efervescência política e cultural:
 
O ano de 1968 ficou conhecido como a “esquina da história”. Um mosaico de ideias e ideais tomaram conta das principais universidades e ruas do mundo: anarquismo, pacifismo, “Women’s lib”, caos, a imaginação no poder e “é proibido proibir” foram apenas algumas das expressões que se tornariam palavras de ordem do movimento.

Diferentemente de outros movimentos, era difícil definir o que tomou de assalto maio de 68. Aliás, seus líderes (que negavam serem líderes e se diziam apenas mais um no movimento, como Sartre, a respeito de sua participação) rejeitavam qualquer “rótulo”. De qualquer maneira, foi um movimento juvenil (não confie em ninguém com mais de 30), efêmero, anarquista (sem ter exatamente um líder), apartidário (embora tivessem o apoio e simpatias dos PCs), libertino (revolução sexual, “faça amor, não faça guerra”) e pacifista.

GABARITO: E

Exemplo 2 – cidadania e democracia – competência 5 de Humanas
Agora, um debate sobre a democracia grega que, apesar de direta, era apenas para uma minoria de pessoas:

A ideia de participação política e de cidadania como conhecemos hoje surgiu na Grécia Antiga, na cidade de Atenas no século 6 AC. Entretanto, a participação política grega era um privilégio apenas dos ricos, que não precisavam trabalhar. Aliás, no mundo grego antigo, trabalhar era indigno.

Após a Revolução Francesa de 1789 e a ascensão da burguesia, essa ideia ganhou novo formato. O trabalho passou a ser digno, passou a ser um direito inaliável do cidadão. O conceito de cidadania, a partir do século 20, ainda que tenha variado de país para país, foi ampliado para todos os maiores de 18 anos de ambos os sexos.
GABARITO: B
Exemplo 3 – Cidadania e Democracia – Competência 5 de Humanas
A questão apresenta o debate sobre a vida do negro no Brasil. No caso temos a história de Luiz da Gama, que mesmo vendido como escravo, tornou-se advogado e um dos lutadores pela abolição da escravidão no Brasil:

A escravidão – episódio lamentável na história universal e brasileira – traz ainda hoje episódios marcantes e infelizes no nosso cotidiano. O texto mostra como um negro que nasceu livre fez de seu ofício e de sua vida ferramenta de luta. Com certeza, fatos semelhantes ainda acontecem no Brasil, mesmo não existindo mais escravidão, os negros ainda estão fora dos principais cargos de comando e recebem salários menores que os brancos. Não raro lemos nos jornais denúncias de escravidão e maus tratos a trabalhadores rurais e urbanos.

GABARITO: B

Exemplo 4 – cidadania e democracia – competência 5 de Humanas
Um dos textos mais conhecidos de Brecht, fala sobre o papel destinado aos trabalhadores nos tradicionais livros de história:

Essa determinação imposta pelas elites se perpetua até nossos dias. Pontes, viadutos, estradas e metrôs continuam sendo construídos e trazem apenas os nomes daqueles que gerenciam a sociedade: presidentes, governadores, engenheiros. Não bastaram as revoluções operárias (russa, sandinista, cubana, chinesa) para que isso fosse alterado.

GABARITO: C

Exemplo 5 – Cidadania e Democracia – Competência 5 de Humanas
A Mafalda, personagem muito conhecida de Quino, cartunista argentino, em mais uma de suas 'inocentes' provocações. É bom lembrarmos que a Argentina, bem como boa parte da América Latina, passou por ditaduras militares:

No texto, despotismo é sinônimo de governo autoritário. Apesar da “ingenuidade” da Mafalda, ela espera que não se escolha um governo que não atenda aos interesses da democracia. A democracia não nos livra de governos tirânicos. Hitler e Mussolini não chegaram ao poder por golpes, e sim pela vontade popular.

GABARITO: D

Exemplo 6 – cidadania e democracia – competência 5 de Humanas
Nesta questão temos o movimento de "Diretas Já", pela aprovação da emenda Dante de Oliveira, que garantiria a primeira eleição direta para presidente depois do período militar. Como sabemos, a emenda foi derrotada (a maioria dos deputados do PDS faltaram à votação, deixando-a sem quorum), Tancredo foi eleito presidente indiretamente e, logo após sua eleição, veio a falecer, deixando a presidência para José Sarney, ex-presidente da ARENA, partido da ditadura. Só tivemos então a primeira eleição direta para presidente em 1989:

O movimento “Diretas Já” foi com certeza o maior movimento da história do Brasil. Nos anos 80, reuniu, de uma só vez, mais de um milhão de pessoas no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Algumas emissoras de TV nem transmitiram notícias sobre o movimento, o que demonstra o grau de cumplicidade dos nossos meios de comunicação com o regime vigente até então.

GABARITO: B

Exemplo 7 – Cidadania e Democracia – Competência 5 de Humanas

A questão traz uma charge de um cartunista brasileiro, Henfil, o irmão de Betinho e Chico Mario, que lutou contra a ditadura, contra a hemofilia e contra a AIDS, quando ainda eram escassas as informações sobre a doença. Nesta charge, Henfil ironiza o planejamento familiar como solução para a miséria e os vários 'pais', inclusive políticos e funcionários públicos, que eram, e são, sustentados pelo trabalho das famílias mais pobres.
 
A inversão do ponto de vista, colocada pelo cartunista Henfil (Henrique de Souza Filho 1944 – 88) é brilhante. O planejamento familiar (o número de filhos) é livre decisão do casal. Em um país de miseráveis, no cartum, o menino questiona “sustentar os pais”.

GABARITO: B
A competência cobrada pelo Enem nos exemplos acima:
Competência de área 5 - Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade.

Lembre-se que é a partir de cada habilidade que são feitas as questões do Enem, elas são o guia do examinador na hora de fazer a questão. Confira as habilidades que são cobradas nesta competência:

H21 - Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22 - Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23 - Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
H24 - Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 – Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Evolução tecnológica cai na prova de Humanas do Enem

Dicas de estudo
Desenvolvendo e aprimorando habilidades e competências
1. Procure informações sobre as obras de Karl Marx e Joseph Proudhon. Veja como eles descreviam a sociedade e as relações entre a burguesia e os trabalhadores. Conheça as suas propostas para mudança de forma de produção e da divisão das riquezas e do trabalho.
2. O sociólogo Domenico De Masi propõe uma divisão do trabalho que ele chama de “Ócio Criativo”. Descubra quais são as principais ideias e discuta com seus amigos como seria o mundo se todos adotassem a proposta do sociólogo.
3. Faça tabelas comparativas com as vantagens e desvantagens da produção artesanal. Da manufatureira e da maquinofatureira. Indique em que época cada uma delas predominou.
4. A mecanização na agricultura é tema de muitos trabalhos e ponto de divergência de opiniões. Pesquisar sobre esse tema perpassa outros conceitos, como o do desenvolvimento sustentável e o dos direitos fundamentais das pessoas.
5. Veja o documentário “Roger e Eu”, do cineasta Michael Moore, e leia textos que expliquem a importância da indústria automobilística no ABC paulista, em São Paulo, e em Betim, em Minas Gerais. Pense no impacto da presença, e depois saída, da GM em Flint, nos EUA, e o que aconteceria com o ABC paulista e com Betim se algo semelhante ocorresse nestas cidades.

Vamos ver, por meio de questões, como essa competência tem sido cobrada no Enem:

Exemplo 1 – Evolução industrial, revolução comportamental – competência 4 de Humanas
Este primeiro exemplo trata da evolução na forma de produzir do artesão tecelão, e o início da alienação do trabalhador em relação à mercadoria que ele produz. Um processo fundamental que se domine, por mudar fundamentalmente as relações identitárias dos trabalhadores:

No início da Revolução Industrial, período em que os trabalhadores eram aos poucos expulsos do campo para a cidade, atraídos por salários (ainda que baixíssimos) e para a vida urbana, ainda era imperceptível a perda de benefícios e da qualidade de vida do operário. Quando ainda no campo, o trabalhador combinava seus parcos ganhos salariais com alguma economia doméstica. Com a urbanização generalizada e a implantação definitiva do trabalho assalariado, o outrora camponês-operário viu sua renda reduzida apenas aos parcos ganhos salariais. Vale salientar que o homem urbano não oferece a mesma solidariedade que o homem do campo, aquele acostumado à concorrência e às mudanças nas relações pessoais e que a cidade não foi preparada para receber uma massa de operários recém chegados do campo. Essa dependência econômica reduzida apenas aos teares mecanizados (e consequentemente aos reduzidos ganhos) acabou por canalizar os trabalhadores às Trade Unions, e mais tarde aos tradicionais sindicatos.

GABARITO: D

Exemplo 2 – Evolução industrial, revolução comportamental – competência 4 de Humanas
Uma questão que trata da evolução nas formas de produção no período tradicionalmente conhecido como primeira revolução industrial:

O artesanato, como processo de transformação, vigorou por toda a Europa Ocidental durante a Idade Média. Em geral, consistia em uma família de trabalhadores artesãos com domínio de uma determinada técnica (ourivesaria, carpintaria, cutelaria, etc.). Como o nome supõe, dispensava quase totalmente o uso de máquinas. Mais tarde, a partir do século 18, com o advento da máquina de tear a vapor (e seus derivados) e consequentemente da Revolução Industrial, esse processo deu lugar à produção em série, em grande escala. O trabalhador foi rapidamente perdendo sua técnica e a produção personalizada foi dando lugar à massificação.

GABARITO: B

Exemplo 3 – Evolução industrial, revolução comportamental – competência 4 de Humanas
A evolução tecnológica causa várias mudanças no comportamento das populações. Nesta questão, trata-se da relação entre a evolução tecnológica e a diminuição das taxas de natalidade na Europa:


As sociedades mais desenvolvidas tendem a ter as menores taxas de natalidade. Nas últimas décadas, em função das mais diversas transformações sociais, além da alta do custo de vida, diversos valores, como os familiares, por exemplo, foram aos poucos se alterando. Se outrora casais tinham como objetivo o casamento e um determinado número de filhos, essa meta foi alterada para outros projetos pessoais como carreira profissional, estudos, etc. O avanço da tecnologia, com a invenção da pílula anticoncepcional e outros métodos contraceptivos, associados à emancipação feminina, contribui para a diminuição do número de filhos por família e/ou pessoa no mundo.

O mesmo ainda não ocorre em regiões ou países economicamente menos favorecidos, onde o número de filhos por casal ainda é bastante alto, sendo necessária a ação do Estado para o planejamento familiar. Em alguns casos, a ação do Estado no planejamento familiar consiste em um ato de violência contra a individualidade feminina. Exemplo típico foi o programa de contracepção instituído em São Paulo no período da ditadura, em que até mulheres que nunca tiveram filhos passaram por processos que as tornavam inférteis.

GABARITO: A

Exemplo 4 – Evolução industrial, revolução comportamental – Competência 4 de Humanas
Nesta questão, temos a valorização da biotecnologia e do investimento prioritário em pesquisas na área para diminuir, ou eliminar, a pegada ecológica de cada pessoa na terra:


GABARITO: A

Exemplo 5 – Evolução Industrial, Revolução Comportamental – Competência 4 de Humanas
Nesta questão, temos um dos movimentos que nasceu em resposta à exploração do proletariado pela nascente classe capitalista, o movimento operário:

A Revolução Francesa de 1789 trouxe consciência e confiança à burguesia. Esta usurpou o poder, fixou-se nele, e, a partir de então, moldou e remodelou a sociedade de acordo com seus interesses e convicções. Para o proletariado não foi o suficiente. Apesar de ter conseguido alguma confiança e organização, o proletariado viu também que precisaria de muita consciência e organização permanente para uma completa remodelação da sociedade capitalista. Só uma completa transformação da economia capitalista (ou até mesmo o fim dela) seria suficiente e fundamental para a emancipação da classe trabalhadora.

GABARITO: B

A competência cobrada pelo Enem nos exemplos acima:
Competência de área 4 - Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.

Lembre-se que é a partir de cada habilidade que são feitas as questões do Enem, elas são o guia do examinador na hora de fazer a questão. Confira as habilidades que são cobradas nesta competência:
H16 - Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17 - Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 - Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações sócio-espaciais.
H19 - Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20 - Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.
Para que não fiquem dúvidas, veja os conteúdos relacionados a esta competência, que precisam ser conhecidos pelos alunos:
- Diferentes formas de organização da produção: escravismo antigo, feudalismo, capitalismo, socialismo e suas diferentes experiências.
- Economia agro-exportadora brasileira: complexo açucareiro, a mineração no período colonial, a economia cafeeira, a borracha na Amazônia.
- Revolução Industrial: criação do sistema de fábrica na Europa e transformações no processo de produção. Formação do espaço urbano-industrial.
- Transformações na estrutura produtiva no século XX: o fordismo, o toyotismo, as novas técnicas de produção e seus impactos.
- A industrialização brasileira, a urbanização e as transformações sociais e trabalhistas.
- A globalização e as novas tecnologias de telecomunicação e suas consequências econômicas, políticas e sociais.
- Produção e transformação dos espaços agrários. Modernização da agricultura e estruturas agrárias tradicionais.
- O agronegócio, a agricultura familiar, os assalariados do campo e as lutas sociais no campo. A relação campo-cidade.

Estado e Direito são tema da prova de Humanas no Enem

Dicas de estudo
Desenvolvendo e aprimorando habilidades e competências
1. Na música “Meu Guri”, de Chico Buarque, é contada a história de uma pessoa que possui alguns conflitos com a lei. Analise atentamente a letra da música, buscando identificar qual relação que a mulher e o homem da música tinham com o Estado.
2. O Brasil, a Rússia, a Índia e a China têm se organizado mundialmente em defesa de alguns interesses. A união desses países é conhecida como BRIC’s. Procure entender melhor esta união, quais seus interesses e quais ações já praticaram.
3. Em 1980, o presidente Lula dirigia um sindicato e foi preso. Procure saber os motivos de sua prisão. Hoje ele poderia ser preso pelos mesmos motivos? O que aconteceu com a lei que na época possibilitou sua prisão?
4. Leia a Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789. Reflita se o documento atendia ao interesse de todos daquela sociedade (pós Revolução Francesa).
Vamos ver, por meio de questões, como essa competência tem sido cobrada no Enem:

Exemplo 1 – Estado e Direito – Competência 3 de Humanas
No primeiro exemplo da competência, temos uma questão que compara o direito ao voto nas constituições brasileiras de 1891 (a primeira da República) e de 1934 (a do curto período de democracia, após a Revolução Constitucionalista de 1932, na primeira era Vargas):
A Constituição de 1891 garantiu o voto apenas aos indivíduos do sexo masculino e maiores de 21 anos, enquanto que, por pressão dos movimentos sindicais, feministas e operários do início do século 20, o voto se estendeu também às mulheres na década de 30 (governo Vargas). Em 1988, o voto se fez facultativo aos maiores de 16 anos. O Enem espera que o aluno reconheça a importância da atuação dos movimentos sociais para a inserção dessas mudanças nas constituições.

GABARITO: E
Exemplo 2 – Estado e Direito – Competência 3 de Humanas
Nesta questão há uma discussão sobre a evolução da democracia e sobre a amplitude de seus benefícios no mundo atual:


Foto: Reprodução
Questão do Enem 2010
Historicamente, a democracia surgiu como regime de governo que atendia aos interesses dos cidadãos. Entenda-se que, no contexto grego antigo, os cidadãos eram uma minoria aristocrática. Através dos tempos, o conceito de cidadania foi ampliado e atualmente ele implica a participação da maioria da população, numa tentativa de reverter a idéia do controle de uma minoria sobre a maioria. Mesmo assim, nossa democracia, indireta, tem recebido crítica de vários pensadores, que a consideram incompleta e incapaz de incluir a maior parte da população. Alguns, como o filósofo Castells, tem feito a critica de que os representantes, no poder, passam a se representar como classe (a classe política eleita) e não representam as populações e seus vários grupos de interesses.

GABARITO: C

Exemplo 3 – Estado e Direito – Competência 3 de Humanas
Esta é uma questão com Maquiavel, o pai da política moderna, personagem recorrente no Enem. Maquiavel é popularmente conhecido pela expressão 'os fins justificam os meios':


Foto: Reprodução
Questão do Enem 2010
No século 16 a burguesia emergente tinha necessidade de consolidação de um Estado forte e centralizado. A expressão concreta se manifesta no absolutismo monárquico quando o rei, legitimado pela burguesia e pelo Estado de Direito, se identifica nos ideais da sociedade moderna. "O Príncipe", escrito por Maquiavel, representa bem o que pensava a elite daquela sociedade. E ética do Príncipe poderia ser diferente da ética moral em casos em que a própria manutenção, coesão e existência do Estado estivesse em risco. Quatro séculos mais tarde, apesar da hegemonia dos Estados liberais, não é raro vermos a burguesia recorrer ao Estado, seja nas questões de segurança ou nas econômicas. Como exemplo, temos as guerras locais com a intervenção da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e as crises econômicas do capitalismo (como a de 2008) sempre superadas com a ação do Estado.

GABARITO: E

A competência cobrada pelo Enem nos exemplos acima:

Competência de área 3 - Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

H11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12 - Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13 - Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14 - Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das Instituições sociais, políticas e econômicas.
H15 - Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.
E, para que não fiquem dúvidas, veja os conteúdos, relacionados a esta competência, que precisam ser conhecidos pelos alunos:
- Cidadania e democracia na Antiguidade;
- Idade Moderna; democracia direta, indireta e representativa.
- Revoluções sociais e políticas na Europa moderna.
- Formação territorial brasileira, as regiões brasileiras e políticas de reordenamento territorial;
- As lutas pela conquista da independência política das colônias da América;
- Grupos sociais em conflito no Brasil Imperial e a construção da nação;
- O desenvolvimento do pensamento liberal na sociedade capitalista e seus críticos nos séculos XIX e XX;
- Políticas de colonização, migração, imigração e emigração no Brasil;
- A atuação dos grupos sociais e os grandes processos revolucionários do século XX: Revolução Bolchevique, Revolução Chinesa, Revolução Cubana;
- Conflitos entre os séculos 19 e 20 e Imperialismo;
- As Guerras Mundiais e a Guerra Fria;
- Os sistemas totalitários na Europa do século 20: nazi-fascismo, franquismo, salazarismo e stalinismo. Ditaduras políticas na América Latina: Estado Novo no Brasil e ditaduras na América;
- Conflitos político-culturais pós-Guerra Fria, reorganização política internacional e os organismos multilaterais nos séculos 20 e 21.

Prova de Humanas no Enem cobra fronteiras e conflitos sociais

Desenvolvendo e aprimorando habilidades e competências
1. Providencie um Atlas. Procure conhecer bem os continentes. Descubra os principais países de cada um deles. Pesquise e faça um pequeno relato da formação de cada um deles. Destaque possíveis conflitos ocorridos, relacionando vencedores e vencidos.
2. Conheça os principais conflitos relacionados à demarcação de terras indígenas no Brasil. Não deixe de conhecer a história da Reserva Raposa Serra do Sol.
3. O Brasil tem vários migrantes em outros países. Procure saber um pouco da história de pessoas que deixam o país para ganhar a vida fora e identifique as vantagens e desvantagens que encontram morando longe de sua terra natal. Também existem muitos casos de pessoas que migram para o Brasil. Propomos que você pesquise a história dos bolivianos que têm procurado o Brasil, compreenda as condições de vida que encontram e os motivos que os fizeram optar por tais condições.
4. Faça a leitura da Carta do Cacique Seattle, enviada ao presidente dos Estados Unidos em 1855. O texto pode ser facilmente encontrado na internet. Pense sobre os conflitos relacionados ao território presentes na carta e diferencie como brancos e índios relacionavam-se com a terra. Depois disso, relacione a carta com o processo de formação dos EUA.

Vamos a alguns exemplos de como a competência já foi cobrada na prova do Enem:

Exemplo 1 – Geopolítica– Competência 2 de Humanas
O primeiro exemplo traz a discussão sobre as várias divisões que portugueses e espanhóis fizeram na América do Sul depois do nosso 'achamento':


Foto: Reprodução
Questão do Enem 2009
Antes mesmo de Cabral chegar ao Brasil, já existiam linhas imaginárias, combinadas entre portugueses e espanhóis, dividindo o Novo Mundo entre os dois países. A Bula Inter Coetera foi uma das primeiras a estabelecer essa divisão em 1493. Em 1494, quando os portugueses já tinham conhecimento sobre a existência das terras brasileiras, foi feito o Tratado de Tordesilhas. Nele, boa parte das terras do nosso atual Brasil ainda estava sob o poder legal da Espanha.

Em 1580, tivemos a união ibérica e, apesar da rivalidade entre os dois povos, ficou mais fácil para os portugueses ocuparem terras além das definidas no tratado. Com toda a interiorização que passava dos limites do Tratado de Tordesilhas, como as atividades praticadas pelos bandeirantes e pelos criadores de gado, em 1750, os dois países fizeram um novo tratado para resolver os conflitos, o Tratado de Madri. Este tratado estipulava que aquele que habitava de fato a terra deveria também possuí-la por direito. Nessa nova demarcação, as referências foram os recursos naturais, como rios e montanhas.

GABARITO: C

Exemplo 2 – Geopolítica– Competência 2 de Humanas
A próxima questão é sobre a guerra do Paraguai, uma grande polêmica entre historiadores:


Na questão, temos duas versões diferentes sobre a guerra do Paraguai. Uma versão defende que o Brasil foi usado pela Inglaterra para acabar com o país (Paraguai) que era o mais desenvolvido industrialmente na América do Sul. A outra defende que a primeira versão não passa de uma teoria conspiratória, que não tem comprovação em documentos e em fatos.

GABARITO: D

Exemplo 3 – Geopolítica– Competência 2 de Humanas
A próxima questão é sobre a União Europeia:
A Europa moderna está longe de ser uma unidade harmoniosa e solidária representada na bandeira da União Europeia. Os bascos na Espanha, os irladenses no Reino Unido e os vários conflitos nas regiões dos Bálcãs são exemplos claros disso.

Gabarito: B

A competência cobrada pelo Enem nos exemplos acima:

Competência de Área 2 – Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder.
Lembre-se que é a partir de cada habilidade que são feitas as questões do Enem, elas são o guia do examinador na hora de fazer a questão. Confira as habilidades que são cobradas nesta competência:

H6 - Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos;
H7 - Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações;
H8 - Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e à resolução de problemas de ordem econômico-social;
H9 - Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial;
H10 - Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.
Para que não fiquem dúvidas, veja os conteúdos relacionados a esta competência, que precisam ser conhecidos pelos alunos:
- Formação dos territórios e de suas instituições;
- Fronteiras das nações - conflitos, disputas e conquistas;
- Divisão dos grupos sociais nos territórios das cidades;
- Problemas decorrentes da urbanização acelerada nos países subdesenvolvidos;
- Leitura de mapas - continentes, principais países e estados brasileiros;
- Conflitos territoriais relacionados à demarcação de fronteiras (como é o caso de alguns países do Oriente Médio), ao reconhecimento de nacionalidades (o povo Basco, na Europa, por exemplo) e a questões sociais (com o MST, no Brasil);
- Fluxos migratórios - inclusive fluxos migratórios que têm deslocado populações de países pobres para países desenvolvidos e suas consequências.

Cultura e identidade na prova de Humanas do Enem

Dicas de estudo
Desenvolvendo e aprimorando habilidades e competências
1. Pensar na origem dos costumes que temos no Brasil é uma forma de reconhecer nossa diversidade cultural. Faça uma lista com costumes, tradições, comidas, festas e conhecidas obras do patrimônio artístico de cada uma das cinco regiões do Brasil.
2. Pesquise as diferenças entre patrimônio imaterial e patrimônio material. Procure conhecer os principais do Brasil e do mundo e descubra qual o significado cultural que cada um tem.
3. Assista ao documentário “O Povo Brasileiro”, baseado na obra de Darcy Ribeiro.
4. Procure identificar como a globalização possibilita trocas entre culturas diferentes e em quais locais e por que motivos a relação entre diferentes culturas tem trazido conflito.
5. Procure assistir a filmes que retratem realidades diferentes daquelas vividas por nossa sociedade ocidental. Procure-os em uma boa locadora de sua cidade.

Vamos ver, por meio de questões, como essa competência tem sido cobrada no Enem:

Exemplo 1 – Cultura e Identidade – Competência 1 de Humanas

Neste exemplo, o Enem pede que o aluno analise a prática do sepultamento em várias culturas:


Foto: Tatiana Klix
Questão da prova aplicada em 2009


As questões fúnebres e de sepultamento são fonte rica para pesquisa de como um povo se organiza social e economicamente. Na Idade Contemporânea, mais que aspectos meramente espirituais (o além vida), os sepultamentos dão uma ideia muito próxima do desenvolvimento e da higiene da população. Na cidade de São Paulo, por exemplo, os corpos eram geralmente enterrados nas igrejas (das famílias mais abastadas), nos próprios quintais caseiros (de quem podia ter uma propriedade) ou até em terrenos abandonados (os mais pobres).

Com o advento da higienização criaram-se os primeiros cemitérios públicos. Não por acaso, o primeiro cemitério público paulista surgiu no bairro de Higienópolis, ao pé da letra, cidade da higiene. Obviamente, um bairro rico, organizado (e limpo!) na área alta da cidade.

Gabarito – C

Exemplo 2 – Cultura e Identidade – Competência 1 de Humanas
Agora o Enem utiliza um texto que cita três dos mais renomados pensadores para falar sobre a formação do Brasil como nação:


Foto: Reprodução
Questão do Enem 2009




Segundo os três autores, heranças da colonização portuguesa e/ou questões internacionais ligadas a uma ordem mundial imperialista travam a possibilidade de desenvolvimento no País. O que os autores fazem, em seus textos, é demonstrar as dificuldades que o País encontra para se consolidar como nação.

Olhando só este fragmento de texto, a alternativa é B dada como correta, apontando o Brasil como a eterna esperança. O aluno poderia acertar por eliminação das alternativas ou se conseguisse compreender que a esperança apontada é a de que o Brasil se consolide como nação, que se forme como povo, e não como uma espécie de "Eterno País do futuro".

GABARITO: B

Exemplo 3 – Cultura e Identidade – Competência 1 de Humanas
Comida também é cultura. Aqui o Enem relaciona os costumes ao surgimento do feijão tropeiro:


Foto: Reprodução
Questão do Enem 2010
Nas questões deste porte compete ao aluno saber relacionar a alimentação com a região, o povo em cada época da história do Brasil. Conhecer a culinária de um povo, com suas origens históricas, é conhecê-lo melhor. Em outras oportunidades caberá ao estudante relacionar a culinária dos povos italianos, alemão e holandês no século 19 no Brasil. No exemplo citado, o aluno relaciona facilmente os tropeiros com a atividade mercantil (transporte de mercadoria), sendo ela a grande motivadora das viagens destes grupos.

Gabarito – C

Exemplo 4 – Cultura e Identidade – Competência 1 de Humanas
E olha o artesanato retratado em uma questão do Enem de Cultura e Identidade:


Foto: Reprodução
Questão da prova não aplicada em 2009
Espera-se que o aluno tenha a capacidade de notar que o barro deu origem a uma série de figuras que trajam roupas e adornos tipicamente nordestinos como o chapéu, além de notar os instrumentos musicais também típicos da região, como a sanfona e a cabaça.

Gabarito – D
A competência cobrada pelo Enem nos exemplos acima:

Competência de área 1 – Compreender os elementos culturais que constituem as identidades Lembre-se que é a partir de cada habilidade que são feitas as questões do Enem, elas são o guia do examinador na hora de fazer a questão. Confira as habilidades que são cobradas nesta competência:

H1 – Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3 – Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.
H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5 – Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.

E, para que não fique dúvida, veja os conteúdos, relacionados a esta competência, que precisam ser conhecidos pelos alunos:
- Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade;
- Cultura Material e imaterial;
- Patrimônio e diversidade cultural no Brasil;
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- O negro na formação da sociedade brasileira;
- História dos povos indígenas e a formação sociocultural brasileira;
- Movimentos culturais no mundo ocidental e seus impactos na vida política e social.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

BREVE HISTÓRICO DA ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MONSENHOR ANTONINO-GUARACIABA DO NORTE-CE


E. E. F. M. Monsenhor Antonino

No início, a Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Antonino funcionava no salão paroquial, situado na rua Clínio Memória, ao lado da igreja matriz de Nossa Senhora dos Prazeres na sede do município de Guaraciaba do Norte. O espaço foi cedido pelo vigário desta comarca, Monsenhor Antonino, no ano de 1983.
A escola recebeu o primeiro nome de Escola Cedida Profissional Monsenhor Antonino, e nela funcionavam 10 (dez) turmas, nos três turnos, manhã, tarde e noite, oferecendo duas modalidades de ensino: o Primeiro Grau Menor e a Educação Integrada. Escola recebia 192 (cento e noventa e dois) alunos. A sua primeira diretora foi a professora Maria Aparecida Souza de Aragão.
Dentre os primeiros professores da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Antonino destacam-se Antonio Evangelista de Sousa, ex-diretor e um dos atuais coordenadores escolares e Luzia Lemos de Araújo (Luzimar), professora assistente do Centro de Multimeios.
Além da escola na sede do município de Guaraciaba do Norte, também funcionavam mais duas salas anexas nos distritos, sendo uma na Escola Isolada de Morrinhos Novos, ministrada pelo professor Antonio Olimar Melo, e a outra na Escola Isolada de Barra do Sotero, na época distrito de Guaraciaba, hoje pertence ao município de Croatá, ministrada pela professora Maurícia Gonçalves de Macedo.
As assinaturas do livro de ponto, onde os funcionários registram seu itinerário, iniciaram-se no dia 18 de março de 1983, porém, a primeira aula aconteceu somente sete dias depois, no dia 25 de março de 1983.
A Escola Cedida Profissional Monsenhor Antonino funcionou no salão paroquial até o ano de 1985. Como o prédio estava em má conservação, o vigário Monsenhor Antonino pediu este para fazer uma reforma. Diante desse fato a escola passou a funcionar na então biblioteca Presidente Kennedy, situada na rua 12 de maio, onde hoje funciona o teatro João Barreto dos Santos. Neste local a escola funcionou por dois anos.
Em abril de 1985, com o Parecer Nº 554/86, a Escola Cedida Profissional Monsenhor Antonino passa a ser dirigida por Maria Zulene Mesquita de Sousa. No ano de 1987, a prefeitura de Guaraciaba do Norte, na gestão do então prefeito José Maria Melo, compra um terreno para a construção do prédio para abrigar a escola. Em setembro de 1987, a diretora da escola Maria Zulene Mesquita de Sousa informa para Delegacia Regional de Educação as dependências físicas da escola, constanto de uma diretoria, ma secretaria, uma sala para os professores, um almoxarifado, uma biblioteca, quatro salas de aula, uma cantina, uma cozinha, dois banheiros, uma área coberta e um depósito.
De acordo com o Diário Oficial do Estado do Ceará, no dia 27 de junho de 1988, pelo decreto nº 19.358, a Escola Cedida Profissional Monsenhor Antonino passou a denominar-se Escola de Primeiro Grau Monsenhor Antonino. O nome foi escolhido em comum acordo pelo corpo docente para homenagear o vigário Monsenhor Antonino pelo apoio que deu no início da formação da escola.
Em relação às matrículas, o ano de 1992 e 1993 teve apenas para pré-escola, apenas com classe de alfabetização, como etapa de socialização da criança. Inicialmente se matricularam, aproximadamente de 88 (oitenta e oito) a 123 (cento e vinte e três) alunos, em cada turma tinha em torno de 35 (trinta e cinco) estudantes. Neste período a reprovação caiu de 58% para 20% e a evasão escolar caiu de 14% para 5%. Os avanços no aprendizado foram bem significativos.
No ensino de primeira a quarta série do primário, as matrículas oficiais passaram de 242 (duzentos e quarenta e dois) alunos para 276 (duzentos e setenta e seis) na época. Apesar do crescimento do número de alunos, o índice de reprovação caiu de 27% para 14%. A evasão escolar cresceu de 9,5% para 14%, motivada, segundo os professores, pela estiagem que assolava o município, a qual obrigou alguns alunos a saírem da escola para buscarem trabalho no intuito de ajudarem suas famílias. Neste mesmo período, funcionando apenas a quinta série do primeiro grau maior, a matrícula inicial caiu de 43 (quarenta e três) para 32 (trinta e dois) alunos e a evasão caiu de 6% para 3%.
No ano de 1993, a escola tinha 5 (cinco salas) e o número de alunos matriculados eram de 516 (quinhentos e dezesseis) alunos, distribuídos em 15 (quinze) turmas nos ensinos de Educação Infantil, 1º (Primeiro) Grau até a 5ª (quinta) série e o Programa de Educação Básica (PEB).
Em agosto de 1993, pela Portaria 513/93, de 05/08/1993, a escola passa a ter como diretora, Francisca Edna Aragão Xerex Bezerra, como vice-diretora, Francisca Lúcia Marques Aragão, como supervisora, Raimunda Sonia Malaquias Nobre e como secretário, Francisco Martins Melo.
Em 1995, foram construídas mais duas salas de aula, além da limpeza do prédio e retelhamento. E sua clientela passou para 557 (quinhentos e cinquenta e sete) alunos, distribuídos em 16 (dezesseis) turmas.
A partir de novembro de 1995 assume a direção da escola, Maria Martins de Sousa, a primeira diretora escolhida pela comunidade escolar através do voto. Os diretores adjuntos foram Francisca Edna Aragão Xerex Bezerra, Terezinha de Sousa Vieira e Antonio Evangelista de Sousa, tendo como secretário escolar, Francisco Martins Melo.
Em 1996, a escola passa por reparos em todo o prédio, construindo-se 1 (uma) cantina e 1 (depósito). Em 1997 foi construída a quadra de esportes. No ano de 1998, houve a recuperação da praça da escola, do piso, da entrada, conclusão da quadra esportiva, construção de mais uma sala de aula e a pintura de todo o prédio. O número de turmas passa para 28 (vinte e oito) e o de alunos, em 1998, chega a 890 (oitocentos e noventa) estudantes.
A escola passou a ser reconhecida oficialmente como Escola de Primeiro Grau Monsenhor Antonino em 1999, com o Parecer 1.189/99, o Ensino Fundamental foi reconhecido com vigência até 31/12/2001. Em janeiro de 1999 pelo Parecer 1.189/99, assume a direção da escola, Zilvanir Ribeiro Nobre. Também em 1999 a escola ganhou portões de ferro e foi cultivada uma horta.
Conforme Decreto nº 26.016, de 29 de setembro de 2000, de 29 de setembro, a Escola Primeiro Grau Monsenhor Antonino passou a denominar-se Escola de Ensino Fundamental Monsenhor Antonino. A escola passou por mais uma reforma no prédio, ampliação da secretaria, ganhou sala de multimeios, e houve uma melhoria nos equipamentos, com a aquisição de computadores, vídeos, televisores e a ampliação do acervo da biblioteca.
Já de acordo com o Decreto nº 26.298, de 30 de julho de 2001, a escola passou a ser denominar-se Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Antonino. A escola passou por mais reformas, fizeram um laboratório de informática e passou a funcionar turmas de Ensino Médio nos distritos de Sussuanha, Morrinhos Novos e Várzea dos Espinhos. O Ensino Fundamental teve seu reconhecimento renovado e o Ensino Médio reconhecido conforme o Parecer nº 106/2004, com vigência até 31/12/2006.
Em 2004, a escola ofertava a sua clientela, o Ensino Fundamental e Médio, contando com 837 (oitocentos e trinta e sete) alunos matriculados, sendo 669 (seiscentos e sessenta e nove) na sede e 169 (cento e sessenta e nove) nos anexos de Morrinhos Novos e Várzea dos Espinhos.

 A escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Antonino possui uma área total de 3146m², sendo que a área de 996,35 m² não é utilizada, pois a área construída é de 2149,65 m², onde se realizam todas as ações da escola, desde a acolhida dos alunos, recreação, atividades pedagógicas até o trabalho docente e de gestão.


A escola tem como diretor atual Flávio Pereira, eleito em 2013 por meio do voto direto, como um dos princípios da gestão democrática da escola pública, substituindo Átila Corsino de Mesquita Fernandes.
O ipuense Flávio é graduado em Letras, além de ser professor especialista e mestrando na área de Gestão. Profissional extremamente capacitado e de postura ousada e inovadora, trazendo para escola no ano de 2014 o PROEMI-JOVEM DE FUTURO, além de muitos outros projetos. Os coordenadores escolares atuais são Gislene Pontes, Erasmo e Clayton.
Atualmente a escola oferta o 9º ano do Ensino Fundamental em Morrinhos e o Ensino Médio na sede e nas extensões Várzea e Morrinhos, Educação de Jovens e Adultos (EJA), além de tutoria, monitoria e preparatórios para o ENEM e vestibulares. A escola tem em torno de 47 professores e quase mil estudantes.
                                                     Professor Fabiano Martins (Revisão e reformulação)