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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Dicas para o ENEM


1. Preste atenção no que come
Ter uma boa alimentação no dia da prova deixa você mais concentrado e bem-disposto para colocar em prática o que foi estudado durante o ano. Comer bem significa comer a quantidade suficiente (nem muito, nem pouco) dos alimentos corretos. A dica é comer um almoço balanceado e leve, e na prova ter água e alguma fonte de carboidrato disponível. Evite doces com altos níveis de açúcar, e se optar pelo chocolate, escolha o meio amargo. Ele ajuda a reduzir o estresse, mas sem prejudicar os níveis de açúcar no sangue.

2. Tenha uma estratégia de prova
Começar uma prova com uma estratégia pronta ajuda na otimização do tempo, e ainda oferece uma calma bem-vinda para esse momento estressante. Em casa, planeje a ordem em que as matérias serão feitas de acordo com o nível de poder cerebral que elas exigem de você e a quantidade de energia disponível em cada momento da prova.
O ideal é que a prova seja iniciada com uma matéria na qual você tem facilidade, mas que não é a sua favorita. Assim você começa a prova motivado, mas não corre o risco de entrar em pânico se não souber uma questão numa matéria que considera fácil. No início da prova sua concentração não está no auge, então evite matérias que pesam na interpretação, como português. Depois, alterne matérias fáceis e difíceis, e se possível, conteúdos que exigem contas com conteúdos que exigem interpretação.

3. Não perca tempo com questões difíceis. Se você não sabe, marque a questão e passe para a próxima. No fim da prova você volta para elas, mas já garante que as questões mais fáceis receberam toda a sua atenção.

4. Tenha tempo para o cartão de respostas
Antes de começar a prova é importante que o aluno tenha um planejamento da ordem em que as coisas serão feitas, e reservar o tempo adequado para elas. O preenchimento do cartão de respostas não deve levar mais do que meia hora, mas além de tomar cuidado para não preencher o cartão com pressa, também é preciso pensar se o tempo reservado não é excessivo. Se durante os simulados você faz a tarefa em 20 minutos, não deixe que 10 minutos sejam perdidos no dia da prova.


5. Dedique tempo a redação
Uma boa tática é ler o tema da redação logo no início da prova, rascunhar algumas ideias, e começar a resolver as questões. Enquanto você resolve a prova seu cérebro vai pensando em novas ideias para a redação. Na última hora, ou 45 minutos, organize as ideias e comece a redigir a redação.
 


5. Durma bem
Assim como ocorre com a alimentação, o sono é essencial para garantir que o seu corpo esteja pronto para enfrentar a maratona de questões. Por isso, durma cedo e procure controlar a ansiedade no dia anterior para garantir uma boa noite de sono. A dica é reduzir os estudos nos dias antecedendo a prova, e se possível sair de casa para alguma atividade leve. Isso alivia a tensão e garante que você dê o seu melhor nos dias do Enem.
 


                                                                                                                 E boa sorte! 
HISTÓRIA  DO DISTRITO DE MARTINSLÂNDIA
Autor: Prof. Fabiano Martins

                                                                        Introdução
  Martinslândia é um distrito de Guaraciaba do Norte, que se localiza a uma distância de 22 km da sede do município, que se ergue a uma altitude de 862 m acima do nível do mar. É um distrito cujo território vive, aproximadamente, umas 3000 pessoas. A via de acesso principal se dá pela CE – 192, seguindo por uma estrada de carroçal. É banhado pelo riacho, popularmente conhecido como Ipuçaba.
  Os habitantes do distrito de Martinslândia desfrutam de um clima agradável, embora haja uma oscilação de temperaturas significante no verão. As estações são bem definidas: inverno e verão. É uma área cercada de morros, pouco verde no verão e razoavelmente no inverno.
Vista Aérea
  O solo não é favorável a plantações contínuas, devido aos lajeiros que impossibilitam o desenvolvimento de culturas que necessitam de maior quantidade de água. A grande maioria das terras férteis estão preenchidas com a horticultura, principalmente tomate, pimentão, beterraba, cenoura, maracujá e batata-doce. E durante o inverno predomina a agricultura de subsistência, onde as culturas principais são de feijão, milho e mandioca.







Origem
Primeiras famílias
  O território onde hoje se localiza o distrito de Martinslândia, anteriormente, ou seja, no princípio de sua trajetória histórica era somente mata nativa, sem vestígios de habitações fixas de grupos indígenas, mas supostamente alguns representantes dos índios Tabajaras passaram por essa região, posteriormente podendo até ter tido o cruzamento desses indígenas com pessoas brancas, negras ou pardas, porque é evidente a descendência indígena nesse distrito.
  A presença negra também se faz sentir na constituição da população, sendo visível a afrodescendência. A origem é obscura, mas segundo entrevistas e relatos, a probabilidade de serem provenientes do Maranhão, Piauí e sertão cearense é muito grande. Inclusive, o pai do fundador da localidade, João Martins Ribeiro, segunda sua filha Juraci Martins Melo, foi proprietário de uma escrava doméstica, a Negra Chica, que ajudou cuidar de seus filhos e se mostrava bastante exibida e cheia de vontade, até o dia em que levou uma surra muito grande.
  Inicialmente o povoado era denominado Espinhos, devido à enorme quantidade de plantas espinhosas que existia no local, quando foi no final da década de 1980, no governo de José Elisiário de Melo Nobre passou a se chamar Martinslândia (lugar dos Martins), em homenagem a família Martins que é bastante numerosa.
  O outro motivo foi porque seus precursores são provenientes da família Martins, inclusive o patrono do distrito João Batista Ribeiro, que embora não tenha o sobrenome, mas é da família e um dos homens que mais trouxe reconhecimento para o nome Martins. Foi cogitado também o nome de Vila Nova. O nome “Martins” é originário do latim e, significa guerreiro.
  Martinslândia a partir da lei municipal n° 531 de 3 de junho de 1992, durante o governo municipal de Dr. Egberto Martins Farias passa a ser sede do distrito, que abrange também Rancho do Povo, Estivado, Pequimagro, Espinhos I e Espinhos II.
  Em seus primórdios essa região, onde se encontra o distrito pertencia somente a quatro donos, Januário Dino do Paudólio, que atualmente é conhecido como Córrego, Antonio Carreiro dos Espinhos I, João Bezerra e Antonio Bel no Rancho do Povo e João Batista Ribeiro em Martinslândia, que na época era Espinhos. As principais atividades econômicas era a agricultura e a pecuária, sendo João Martins Ribeiro, um dos maiores pecuaristas da região.
Enterro Maria da Silva Melo
Eram pouquíssimas casas no local. O destaque era a casa grande do dono da terra, geralmente com alpendre na frente. As pessoas de fora que iam chegando em busca de trabalho e sustento, onde alguns destes estavam fugindo da fome, saindo da região da Mancabira, atualmente pertencente a Croatá, e do sertão cearense, construíam a mando dos donos da terras casinhas de taipa , onde as camas era feitas usando forquilhas e esteiras. Mas algumas pessoas chegavam nesse povoado de pessoas acolhedoras, se apossando das terras que estavam sem uso, por lá permanecendo e criando seus filhos. Os donos das terras também as vendiam, como acontece até hoje.
  O período que mais chegou pessoas na localidade foi durante a seca de 1932, uma seca que assolou o Ceará inteiro, dizimando muitas famílias em todo o estado. Mas em Espinhos, atual Martinslândia, também morreu muita gente de fome, principalmente crianças. Os alimentos principais de algumas famílias era a garapa da cana e o mingau de farinha.
Os primeiros moradores de Martinslândia foram Antonio Cosmo, Leocádio, José Mendes Martins, Antonio Tarcísio Gonçalves, José Raimundo da Silva (Zé Pedra) e Manoel Coruja.
  A divisão dos terrenos era feita pelos agrimensores, que usavam os chamados marcos para demarcação. Mas provavelmente diante das mesmas com certeza aconteceram algumas confusões, pois na Várzea dos Espinhos, distrito vizinho, segundo alguns estudiosos do assunto, quando se procura resgatar a história local, certas pessoas se recusam a prestar informações e muitas da vezes o pesquisador é até hostilizado, devido problemas com terras no passado.
João Batista RIbeiro
 
João Batista Ribeiro, Fundador da Localidade
  João Batista Ribeiro nasceu no dia 29 de agosto de 1905 em Espinhos, atualmente distrito de Martinslândia, no município de Guaraciaba do Norte, neto de Manoel Martins e Vitalina Martins e filho de João Martins Ribeiro e Francisca Bezerra, os quais se conheceram no estado do Pará. Dona Francisca Bezerra nasceu no município de Lavras da Mangabeira. João Batista Ribeiro teve sete irmãos, Manoel Martins, Francisco Martins, José Martins, Luís Martins, Joana Martins, Maria Bezerra e Amélia Martins.
2° esposa
  No decorrer de sua vida casou-se duas vezes, primeiro em 30 de setembro de 1931 com dona Maria da Silva Melo, com a qual teve 15 filhos, 6 mulheres e 9 homens, mas 5 crianças morreram e se criaram dez, Juraci, Beatriz, Antuniza, Leonardo, Luís, José, João, Aldair, Cícero e Francisco. Dona Maria da Silva Melo faleceu e depois de certo tempo João Batista Ribeiro casou-se novamente com dona Maria Bezerra Nobre no dia 30 de setembro de 1983, não tendo filhos com a mesma.

2º esposa
  Grande homem, bondoso e solidário. Era bastante brincalhão, adorava dançar, muitas das vezes saía da sua casa de cavalo com destino a região da Macambira, hoje pertencente à Croatá, somente para prestigiar as festas e dançar. Aos domingos ele organizava as tertúlias, festas dançantes ao claro da lamparina, a qual se estendia, às vezes até de manhã. Seu hobby preferido era trabalhar na agricultura e cuidar da sua criação de gado (bois, ovelhas, cabras, etc). Segundo sua segunda esposa, dona Maria Bezerra Nobre não se zangava com nada, mas era bastante verdadeiro, ou seja, quando queria falar alguma coisa para alguém falava mesmo, no entanto, tinha um coração enorme. Além de falar, também escrevia muito bem, sendo seu estudo provavelmente resultante dos momentos que estudou com professores particulares pagos por seu pai. Em seus terrenos tinham vários moradores.

O cotidiano do passado
 
  Os primeiros moradores do povoado eram bastantes conservadores para a atualidade. Os casamentos eram arranjados, muitas das vezes, a noiva nunca tinha visto o noivo e já teria que casar, obedecendo as vontades de seus pais. Era tradição as famílias não se misturarem com aquelas que as mesmas denominavam de estranhas, havia muito o casamento entre parentes. Conta um senhor que um rapaz chamado de João Carreiro saiu da região da Macambira em direção a localidade de Espinhos para olhar as filhas de um homem, que era seu amigo, chegando lá não simpatizou com nenhuma das suas três filhas, e falou o seguinte: - Bom, como eu já vi, eu vou me casar com a Josefa. E assim foi.
  Geralmente após o casamento a festa de comes e bebes se prolongava por dois ou três dias, mesmo depois do casamento, o noivo só recebia a noiva como mulher, propriamente dita, com 8 à 15 dias. Moça não namorava no escuro, caso acontecesse algo suspeito os pais da moça obrigavam o rapaz a casar. Interessante, que se o noivo descobrisse que sua noiva não era mais virgem, mesmo depois do casamento, a devolvia aos seus pais.
  As brincadeiras eram canções de roda, casamento oculto. As crianças, quando meninas brincavam com bonecas de pano ou até com sabugos de milho, já os meninos brincavam com boizinhos e carrinhos de madeira, carrinho de carnaúba, entre outros.
  As pessoas acreditavam demasiadamente em lobisomem, amortalhado, fantasmas e visão da noite, possivelmente devido à inexistência de energia elétrica que deixava a imaginação mais fértil.
Tocava-se violão, saxofone para animar as noites em volta das fogueiras, comendo milho verde, mugunzá, pamonha, toucinha na brasa e contando histórias ou estórias diversas. Conta-se que as festas aconteciam numa casa do povoado, onde colocavam azeite de mamona nas lamparinas e as atrepavam nas paredes para iluminar a sala de dança. Eram de destaque naquela época também as cantorias, recheadas de repentes.
  Era comum nas décadas de 1920 e 1930, quando morria alguém, enquanto fazia sentinela, ou seja, enquanto as pessoas estavam no velório, muitas das vezes chorando, o prego cantava na madeira, pois os carpinteiros caseiros estavam confeccionando os caixões com tábuas, isso quando a família do morto tinha certa condição financeira, se não, era velado numa cama de madeira ou numa rede e levado para o cemitério dentro da rede, sendo enterrado com a mesma. O enterro antes da construção do cemitério de Várzea dos Espinhos era feito no Ipú, em Guaraciaba do Norte ou na Matriz  de São Gonçalo da Serra dos Cocos, atualmente distrito de Ipueiras.
Curioso que quando morria algum indivíduo envenenado ou enforcado, isto é se suicidasse, o enterrava no mato, assim como crianças pagãs. Um dos grandes alfaiates da localidade na época, Seu Primeno, de origem desconhecida foi encontrado morto após ter se enforcado, contam alguns que a causa foi desgosto. Teve o destino de ser enterrado no mato.
Água encanada não existia. Antes se bebia água do rio, onde quando a mesma estava pouca abriam-se uma cacimba na margem para retirá-la.
Com relação às roupas de antigamente, as mulheres usavam vestidos longos, usavam véus para irem para igreja, panos ou tiras na cabeça para ficarem em casa. Os homens quase sempre estavam de chapéu, sendo os de palha para ficar em casa ou trabalhar e os de massa para o passeio. Tinha também os de couro que usavam mais para cuidar do gado na caantiga.
As pessoas mais pobres, principalmente filhos de moradores dos grandes proprietários tiravam croá nos matos para fazerem esteiras, surrões, cordas e outros instrumentos úteis para venderem no Ipú no intuito de ajudarem no sustento de suas famílias.
Antes da construção da capela na localidade, quando os moradores queriam assistir uma missa iam para Campo Grande, nome anterior de Guaraciaba do Norte ou para Matriz de São Gonçalo da Serra dos Cocos andando a pé ou de cavalo, se tivesse condições financeiras para isso. Aos domingos João Batista Ribeiro celebrava um culto em sua casa às duas horas da tarde.
Antes da construção da capela as coroações saiam da casa de João Batista Ribeiro, onde sua filha Juraci arrumava as crianças e a cerimônia acontecia na casa da dona Neuza Martins. As crianças coroantes ficavam em cima de mesas, devido a ausência de altares, obviamente.
Quando alguém ficava doente, geralmente se curava em casa com ervas medicinais, utilizando técnicas caseiras e rezas. As principais rezadeiras eram Virgínia, Joaquim Lopes, Emília Carreiro e Maria Mônica. Quando precisavam comprar medicamentos as pessoas tinham que se deslocarem até a venda de remédios de Edivar Melquide em Várzea dos Espinhos, caso não encontrasse tinha que ir procurar José Augusto em Guaraciaba do Norte ou ir ao Ipú. As mulheres tinham seus filhos em casa, sob os cuidados de uma parteira, com destaque para Chiquinha Rita, Rosa Manduca e Maria Alexandre, que inclusive pegou o autor desse histórico em Várzea dos Espinhos.
No que diz respeito a política, mulher não podia votar. Somente os homens detinham esse direito, sendo uma das principais características do voto de antigamente o voto de cabresto e a predominância do clientelismo. Um certo político já dizia, que era só jogar o milho e todas as galinhas corriam.
A primeira televisão da localidade foi de José Serina, o qual trouxe a mesma do Rio de Janeiro, a primeira antena parabólica foi do Aldair Martins de marca Tecsat, o primeiro computador foi trazido pelo diretor da escola Fábio Pereira quando veio trabalhar na comunidade. E a primeiro casa a possuir internet foi a de Antonio Venâncio, conhecido como Neto. Leonardo do Jorge (Lioso) foi o primeiro a possuir um carro, uma rural muita antiga para época e, a primeira moto foi de Francisco Martins. 
A construção da escola
 
  
Colégio anos 70
 A Escola de Ensino Infantil e Fundamental João Batista Ribeiro foi construída em 1974 mediante iniciativa do então prefeito de Guaraciaba do Norte, José Maria Melo que em visita a comunidade de Martinslândia, que na época ainda era simplesmente um povoado, pois tornou-se distrito somente em 1992, reconhece a necessidade de uma escola diante da precariedade educacional, onde as poucas professoras do local ensinavam em suas casas.
Colégio hoje
  Por ser uma localidade muito distante da sede do município e de difícil acesso, e de uma necessidade tamanha de desenvolvimento educacional e social para o povo, a população se mobilizou e juntando-se as lideranças comunitárias, educadores e políticos usando de bom senso chegaram a uma conscientização que a solução daquele problema seria com a construção de uma escola, e nomeando educadores para desenvolver a aprendizagem de um povo que vivia a margem de uma sociedade analfabeta e excludente, de certa forma sem perspectivas. E um dos fatores preponderantes para que a construção da mesma ganhasse impulso foi à proximidade das eleições partidárias, onde os políticos cobravam os agradecimentos do povo por meio do voto.
José Maria Melo
  A Escola de Ensino Infantil e Fundamental João Batista Ribeiro recebe esse nome em homenagem ao doador do terreno de 40 , João Batista Ribeiro, que também é considerado patrono da comunidade, à prefeitura para construção da escola. Seus fundadores foram José Maria Melo, prefeito municipal da época, José Elisiário de Melo Nobre, pré- candidato do prefeito, João Batista Ribeiro, fundador da comunidade e as professoras Antonia Martins Ribeiro, Maria Saraiva Martins e Maria Gizelda Martins.

Quando a construção se impulsionou em 1974, teve como chefe de obras Raimundo Alexandre, oriundo de Sussuanha, distrito de Guaraciaba do Norte. Foram construídas somente duas salas, onde atualmente funciona a secretaria, desprovidas de banheiro.
  A primeira merendeira foi Juraci Martins Melo, a qual fazia a merenda na casa de seu pai João Batista Ribeiro, em um fogão à lenha. Os alunos levavam seus copos de casa padronizados com os seus nomes, pois a quantidade disponível era insuficiente, disponibilizada somente para os professores, os quais merendavam no alpendre da casa.
  A primeira diretora foi Antônia Martins Ribeiro, que além de ser responsável pela escola, ainda lecionava. Em 1987, Francisca das Chagas Bezerra assume a direção até 1989, nessa gestão foram construídas duas salas e uma cantina, chegaram pratos e copos para os alunos, além de material didático, embora muito precários. Foram contratadas mais duas merendeiras, Maria de Fátima e Maria dos Prazeres.
  De 1989 até 1993, a escola ficou praticamente sem direção, contando com o suporte de Maria Assunção Ribeiro, diretora da escola de Várzea dos Espinhos, até que Edmar Teixeira da Silva assumisse a direção na gestão municipal de Antônio Bezerra Marques, quando foram construídas mais duas salas.
1ª Professora
  Em 1996, assume Maria Dalva Bezerra, no governo Municipal de Assis Teixeira Lopes. Em sua gestão chegaram para escola televisão, videocassete, mimeógrafo, máquina de datilografar, freezer, antena parabólica e muitos professores passaram por formações. A escola acomodou o tempo de Avançar Fundamental e Médio, tendo como o melhor professor da Serra da Ibiapaba, nessa modalidade, Edmar Teixeira.
José Fábio Pereira assume de 2002 até 2003 a direção. Ano que Júlia de Menezes Ribeiro assume, gestão da qual chegam alguns armários na escola, tem início a formação do magistério para os professores, chamado de PROFORMAÇÃO, período no qual os alunos do Fundamental II, tiveram que estudar em outro distrito, em Várzea dos Espinhos.
No ano de 2005 assume Roza Maria Martins, a qual se mantém até os dias atuais, na gestão municipal de Dr. Egberto Martins. Em sua direção o Fundamental II volta para Martinslândia, a escola se torna uma escola polo, pela lei n° 889/2008, aprovada e sancionada pelo prefeito municipal Dr. Egberto Martins, foi instalado um laboratório de informática, a estrutura física da escola foi ampliada, foi feita a contratação de secretário escolar, coordenação pedagógica e capacitação para professores, conquistando vitórias diante dos projetos educacionais, além da chegada de recursos didáticos, audiovisuais e a entrada de recursos, como do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola). Cabe destacar o trabalho da coordenadora Regina Célia Bezerra, que desenvolve um ótimo trabalho, a qual é uma figura carismática e símbolo da educação local.
  A escola adota os quatro pilares básicos da educação no século XXI, apontados por Jacques Delors, os quais são o aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a conviver e o aprender a ser. Pilares estes que escola os entende, os traduz e os complementa, favorecendo a construção de uma nova educação para a cidadania, através do uso de uma prática voltada essencialmente para a formação integral do aluno, buscando um ensino de qualidade e permitindo assim, a plena assimilação de conhecimentos e vivência de experiências ampliando suas potencialidades, resgatando e promovendo a formação de uma nova visão de ser cidadão,orientando-os nas relações interpessoais,através de vivências cooperativas,de respeito e igualdade que possibilitem a plena estruturação de valores éticos,críticos,solidários,sendo estes indispensáveis à vida em sociedade nos aspectos sócio-econômicos, étnico-culturais e cognitivos de cada faixa etária.
  A Escola de Ensino Infantil e Fundamental João Batista Ribeiro localiza-se na Rua Principal do distrito de Martinslândia, no município de Guaraciaba do Norte, Ceará. E atende em sua maioria filhos e filhas de trabalhadores rurais, ou seja, agricultores e horticultores, também de pedreiros, donas de casa, professores e outros. Esses alunos são provenientes, além do distrito de Martinslândia, no qual a escola se encontra, de povoados como Rancho do Povo, Pequimagro, Espinhos I, Espinhos II, Estivado e Lagoa Velha, que já pertence ao município de Ipú.
  A falta de refeitório, a falta de espaço para recreação e principalmente o acompanhamento deficiente dos alunos com necessidades especiais, pois faltam profissionais qualificados para esse fim, são as principais dificuldades da escola, no que diz respeito, ao atendimento à comunidade escolar.
A escola tem uma importância primordial para a sociedade, pois busca contribuir para a constante melhoria das condições educacionais da população, visando assegurar uma educação de qualidade aos seus alunos num ambiente criativo, inovador e de respeito ao próximo, valorizando a prática da cidadania e de igualdade nos aspectos político-sociais e étnico-culturais.
  Hoje a escola comporta, 558 alunos, destes são 83 na Educação Infantil, 214 no Fundamental I, 226 no Fundamental II e 35 na Educação de Jovens e Adultos.  A escola conta com 28 professores, 1 diretor, 1 coordenador pedagógico, 12 auxiliares de serviços gerais,1 porteiro, 2 vigias e 1 secretário escolar. E atende uma clientela de 1º ao 9º ano do ensino fundamental, além das salas anexas de educação infantil.  
  A escola é vista pela comunidade como o núcleo do distrito de Martinslândia, sendo o local de difusão de conhecimentos e valores humanos, além de protagonista dos eventos sociais que acontecem na comunidade, pois na escola se realizam mutirões de cidadania, palestras de relevância para comunidade, diversificadas apresentações artísticas e culturais. E a comunidade espera que a escola a cada dia aumente seu grau de atuação no distrito e povoados adjacentes, principalmente na orientação dos problemas dos mais diversos gêneros da população, pois os moradores locais depositam grande credibilidade a instituição, diante da boa vontade do núcleo gestor e educadores que estão a frente da escola prestar solidariedade a todos, no que diz respeito, a informação ou orientação, independente de ser aluno ou não, de ser pai de aluno ou não.
O Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola de Ensino Infantil e Fundamental João Batista Ribeiro, criado pelo Núcleo Gestor da escola, educadores, alunos, pais de alunos e demais funcionários a partir de discussões e análises profundas sobre a comunidade escolar se justifica da seguinte forma: somos educadores, como a maioria estamos preocupados com a tarefa de promover a aprendizagem e o desenvolvimento dos nossos alunos, valorizando a política do respeito. Sabemos da importância do nosso papel na construção de uma educação voltada para a cidadania especialmente na comunidade escolar na qual integramos. Por essa razão, não medimos esforços para superar as práticas educacionais baseadas na simples transferência de informações e conhecimentos.
  Para que a escola alcance seus objetivos, trabalhamos de forma desafiadora e interativa, a fim de fazer dos alunos protagonistas do processo de ensinar – aprender. Para isso, propomos atividades que incentivam a participação deles, em um processo de construção gradativa do conhecimento, no qual são respeitados os aspectos sócio-econômicos, étnico-culturais e cognitivos de cada faixa etária, e nos preocupamos em despertar neles a busca constante de meios para melhorar a qualidade de vida pessoal e coletiva, a consideração à pluralidade cultural e o desenvolvimento de atitudes de respeito, solidariedade, compromisso, trabalho coletivo e amizade.
  No entanto este projeto pode funcionar como elemento catalisador de ações na busca de uma melhoria da qualidade da educação da escola, onde atuamos. De modo algum pretendemos resolver todos os problemas que afetam a qualidade do ensino e da aprendizagem, mas nos empenhamos para melhorar.
  Portanto o Projeto Político Pedagógico é um documento norteador das ações da escola em todos os aspectos. E visa orientar Núcleo Gestor e educadores para formação de alunos preparados para a vida em sociedade.
A construção da igreja
1º Missa
  Existia um movimento na comunidade da Martinslândia no final da década de 1960 e no início da década de 1970, chamado de Cáritas Diocesanas, uma associação de 100 sócios, com sede em Sobral, supervisionada no município por Monsenhor Antonino, responsável pela paróquia de Guaraciaba do Norte. Na comunidade de Martinslândia João Batista Ribeiro comandava os representantes desta associação, era o 1º presidente, Maria Bezerra era a 2ª presidente, Neuza Martins era a coordenadora, Antonio Profiro era o secretário, Juraci Martins era a tesoureira e Giseuda Martins era a porta-voz. Os beneficiados com cestas básicas eram as famílias mais carentes. A associação chegou a construiu até uma casinha para uma família sem moradia.
  Foi a partir desta associação que foi construída a capela de Martinslândia no ano de 1976. Somente participavam da associação pessoas casadas na Igreja Católica, que trabalhassem para conseguirem fazer um salão, o qual posteriormente devido a pressão e argumentação de Juraci Martins Melo mudou para igreja. Francisco Martins, também filho de João Batista Ribeiro trouxe uma imagem pequenina da Virgem dos Pobres de onde era seminarista e resolveram torná-la padroeira da localidade. Posteriormente o mesmo pediu a um frei, cujo nome era frei Pascoal de Ipuarana na Paraíba uma imagem maior da Virgem dos Pobres, o mesmo atendeu ao seu pedido, veio da Bélgica diretamente para Martinslândia.
  No início a igreja não tinha sua pedra fundamental, mas depois a recebeu. Foi trazida pelo padre da paróquia e foi colocada debaixo da imagem da santa. A pedra na verdade não é uma pedra, mas sim um documento que é colocado dentro de uma garrafa, em nome da Virgem dos Pobres, lavrado no cartório de Várzea dos Espinhos.

1° Coroação
Depois da construção da igreja, o pároco de Guaraciaba do Norte, que era Monsenhor Antonino na época não queria batizar a capela, pois o mesmo queria que a igreja fosse particular e seus idealizadores, na representação de João Batista Ribeiro queria que fosse pública. Segunda a explicação de dona Juraci Martins Melo, uma das idealizadoras da capela, a diferença é que a pública todo mês tinha que ser celebrada uma missa e tinha que ter a festa religiosa da padroeira todo ano, enquanto a particular somente quando o padre quisesse.
  João Batista Ribeiro mandou uma carta para o bispo Dom Timóteo da diocese de Tianguá pedindo a benção da capela pelo bispo, o mesmo respondeu a carta se desculpando por não poder vir pessoalmente, mas ordenando que Monsenhor Antonino batizasse a capela como pública.
  No dia 27 de julho de 1976 aconteceu a benção e inauguração da capela da Virgem dos Pobres, diante de uma população animada e dando graças a Deus por ter uma igreja em sua localidade. Neste dia foi celebrada a primeira missa por Monsenhor Antonino. O primeiro casamento feito na capela foi de Raimundo Emídio e Francisca Teodoro. O primeiro batismo foi de Antonio Francisco, filho de Alzenir.
  Atualmente a igreja conta com a coordenação de Josimeire Martins e detém movimentos como Pastoral da Saúde, Pastoral do Dízimo, Grupo dos Leigos Comprometidos, Grupo Jovem, Grupo da Liturgia, Grupo do Cenáculo, Coral Jovem, Senhora e Criança, Ministério de Música, Grupo de Intercessão, Grupo de Oração, Grupo da Renovação Carismática Católica, grupo do Apostolado da Oração, Grupo de Dança, Grupo da Catequese, Grupo de Acolhimento, Grupo dos Coroinhas, Terço dos homens, das crianças e das mulheres, Grupo de Pregadores, grupo de Teatro, grupo dos Missionários, Grupo dos Ministros, Grupo do Terço da Misericórdia e Grupo do Rosário a São Miguel Arcanjo.
Cabe destacar também a importância de Marcelho Ribeiro como um dos principais responsáveis pela difusão da fé católica em Martinslândia.
Francisco Martins Melo
 
  Filho do glorioso João Batista Ribeiro o jovem Francisco Martins Melo, mais conhecido como Chico Batista foi um dos maiores contribuintes para a construção da igreja, inclusive foi quem conseguiu a imagem da Virgem dos Pobres, trazendo-a para a sua terra natal, e foi o primeiro comerciante do povoado. Francisco estudou o chamado primário na cidade de Canindé no Ceará, o ginásio em Ipuarana na Paraíba, onde conheceu o frei Pascoal, coordenador do convento onde era seminarista, objetivando tornar-se padre. E estudou o científico, isto é, o ensino médio na Bahia. Mas acabou se apaixonando e casou-se.



A história do Pinto Verde
 
  Segundo os relatos de alguns moradores o polêmico apelido é motivo de controvérsias e constrangimento para alguns moradores, tanto é que as pessoas do lugar dificilmente falam nisso, quem fala mais são as pessoas de fora, de outros distritos.
  A maioria conta que tudo começou durante o período de festa da padroeira da capela, Virgem dos Pobres. Não se sabe precisamente o ano, mas estava acontecendo um leilão após a missa, gritado como diz na gíria popular por Gonçalo Galvão, quando apareceu um pinto, filhote de uma galinha, pintado de verde, quem fez isso não se sabe quem, para leiloar.
   Chico Dino, que gosta muito de tomar sua cachaça começou espalhar a notícia e a chamar a Martinslândia de Pinto verde. Assim foi a origem desse apelido pejorativo, como coisa de bêbado.
Água em Martinslândia
 
  No dia 24 de agosto de 1999, o governo estadual através do Projeto São José, assinou convênio com a Associação Comunitária do distrito de Martinslândia para construção e instalação do sistema de abastecimento d’água para a comunidade de Martinslândia. A associação foi representada por sua presidente Roza Maria Martins.
Martinslândia recebeu água encanada, no entanto, a mesma não é suficiente para abastacer toda a população, sendo necessário, as pessoas pegarem até fila para pegarem água no chafariz público. Se pega água para o consumo também em uma cacimba que se localiza na saída para o povoado de Pequimagro. Já houve até casos de pessoas brigando por água.
  Mas recentemente foi cavado um poço profundo por intermédio da prefeitura municipal em Espinhos I com o objetivo de abastecer todo o distrito de Martinslândia
Martinslândia Contemporânea
   Atualmente Martinslândia é um distrito bem desenvolvido, contando com uma escola com profissionais bem capacitados e responsáveis, a Igreja Católica está reformada e repleta de movimentos religiosos. A festa da padroeira Virgem dos Pobres é no mês de setembro, comemorada todo ano, recebendo pessoas de todo o município, além de outros e de ex-moradores que estão residindo em outros estados, principalmente do Rio de Janeiro. A comunidade conta também com outras igrejas como a Assembleia de Deus Ministério Tempo Central e Ministério Fortaleza e Congregação Cristã do Brasil. Há uma religiosidade expressiva no distrito.
No que diz respeito à saúde, a população está bem atendida. O PSF (Programa Saúde da Família) local tem uma equipe completa, inclusive com odontologista.
  A comunidade dispõe de praça para lazer bastante freqüentada pelos moradores e principalmente pelos jovens no final de semana. O comércio é razoavelmente desenvolvido, com destaque para as casas que vendem material de construção e produtos agrícolas.
  No campo do esporte o destaque é o futebol, tendo dois times na comunidade o Internacional campeão guaraciabense da 2ª divisão e o Grêmio vice-campeão da 1ª divisão no ano de 2011.
  Quanto a político destaca-se na comunidade a figura de Roza Maria Martins, que se esforça com garra e determinação para tentar resolver os problemas locais. A qual também é diretora da escola, dirigindo a mesma com compromisso.
  A localidade também se orgulha pelos artistas que tem com destaque para o poeta, como o professor Fabiano Martins, a coreógrafa Jaqueline Martins e o escultor Antonio do Jota. Recentemente jovens vinculados a Igreja Católica gravaram um CD de músicas religiosas.
Enfim, Martinslândia é um excelente lugar para se viver, com pessoas acolhedoras, com excessão do grande barulho no final de semana, tarde da noite e de alguns jovens problemáticos com atos de vandalismo, mas no restante é calmo.
  Inclusive o autor é natural do distrito de Várzea dos espinhos, mas adotou a Martinslândia como sua casa, deixando esse legado da história do distrito para gerações futuras. 
Povoado de Pequimagro
 
  A origem do nome do povoado de  Pequimagro é bem hilária. Segundo os moradores mais velhos tudo começou devido um pé de Pequi, a qual era comum no local, pois tinha vários. No entanto, esse pé de pequi era diferente dos outros, quase identificável. Um belo dia passou um rapaz e disse bem alto “por que esse pé de pequi tem uns pequis tão magros?”. Desse dia em diante aquele local de pouquíssimas casas passou a ser chamado de Pequimagro.
  O Pequimagro, inicialmente ficava de uns lajeiros no fim da Martinslândia até a Favela Chata, que já é município de Ipú.
  Os terrenos pertenciam a João Batista Ribeiro e a sua família quando decidiram vender a outras pessoas, passando a aumentar o povoamento local. Destaque para João Profírio, o homem que tinham mais terra em Pequimagro.
Povoado do Rancho do Povo
  O primeiro nome do povoado de Ranho do Povo foi Rancho das Mangabas, devido a grande quantidade de mangueiras no local.
  Na época das missões, o atual povoado de Rancho do Povo foi visitado por frei Vidal da Penha, um padre capuchinho que andou pelos sertões do Ceará, Pernambuco e outros estados entre 1781 e 1820 fazendo pregações e profecias. Com a sua chegada foram construídas cabanas de palha, onde ele e muitas pessoas ficavam arranchados. As pregações se davam na Casa de Pedra, que as ruínas existem até hoje. Como a quantidade de gente era muito grande mudou de Rancho das Mangabas para Rancho do Povo.
  Na localidade não tinha escola. Os donos de engenho Antonio Bel e João Bezerra contratavam professores particulares, com destaque para o mestre Sebastião, para ensinarem seus filhos e, às vezes seus sobrinhos. Muitos anos depois os filhos desses alunos colocavam seus filhos para estudarem em Guaraciaba do Norte ou no Ipú, quando em 1974 surgiu a escola de Martinslândia e foram estudar na mesma.
Em 1982 Regina Célia Bezerra terminava o 2º grau normal e colocou uma escola particular na garagem de sua casa, tendo como alunos seus primos e seus próprios colegas. Sua irmã, Núbia Bezerra também era professora na época. Aprendiam o alfabeto cantando.
  No ano de 1984, o prefeito de Croatá, José Antônio de Aragão, visitando a comunidade junto com o vereador de Betanha, Chico Cesário viram a necessidade de uma escola no local. A visita foi feita por intermédio de Olesbão Bezerra, avô de Francisca das Chagas Bezerra, também professora concludente do curso normal.
  Pode-se ficar pensando por que os políticos de Croatá se interessaram pelo Rancho do Povo se lá era Guaraciaba do Norte? A resposta é que na época, a maioria dos moradores votavam em Croatá, e este município queria a posse do Rancho do Povo, mas perdeu na justiça e hoje é ainda, Guaraciaba do Norte.
Eles colocaram a escola em uma casinha isolada dentro das capoeiras com duas salas de aula e lá começaram a lecionar Regina Célia Bezerra e Francisca das Chagas Bezerra com turmas de multisseriado da educação infantil à 5ª série.
  A escola funcionou nesta casinha durante três anos até que o prefeito de Guaraciaba do Norte, na época Antonio Bezerra Marques com medo de perder todos os eleitores para Croatá, elaborou um projeto que consistia na construção de uma escola para o Rancho do Povo.
A escola tem duas salas de aula, uma sala dos professores com banheiro, um banheiro masculino e outro feminino, uma cantina com despensa e um pátio. O terreno que abriga a escola é de 40m², doado pelo proprietário Antonio Cláudio Bezerra. As primeiras professoras foram Regina Célia Bezerra e Francisca das Chagas Bezerra, anos depois vieram a Neuma Bezerra, Antonilda e outras.
  Na comunidade de Rancho do Povo tem água encanada para os moradores, proveniente de um poço profundo artesiano e luz elétrica, sendo uma rede monofásica e outra trifásica.
  As pessoas ficam curiosas para saber o motivo de chamarem o Rancho do Povo de Quebra. O motivo é que, na época em que transportavam cargas em comboios de animas, estava passando uma carga de rapadura, quando uma égua caiu em um buraco e quebrou um quarto. E daí, começaram a se referirem aquele local de quebra-égua. Por isso a razão de chamarem de Quebra.
Povoado de Estivado
  Estivado é um povoado pertencente ao distrito de Martinslândia a aproximadamente, 30 km da sede do município de Guaraciaba do Norte e a 18 km da sede do município de Ipú.
Antigamente Estivado era uma terra de mata virgem. Nos seus primórdios era quase desabitada com apenas três casas, uma de tijolos crus e duas de taipas.
  A origem do nome é um pouco obscuro, no entanto, alguns dizem que inicialmente era Estivas passando para Estivado, devido o local possuir um terreno acidentado repleto de lajeiros e água nos períodos chuvosos, sendo preciso colocar revestimentos de varas para as pessoas poderem passar, isto é, colocando uma espécie de ponte.
  Os primeiros moradores foram Francisco Benedito, Francisco Leitão e Gonçala Rosa.
  Estivado se divide em duas partes, um é Guaraciaba do Norte e o outro é Ipú, portanto é divisa dos dois municípios. Essa divisão é feita por uma estrada conhecida por Mascarém, que começa na Matriz de São Gonçalo, município de Ipueiras, passa por Estivado, dividindo Ipú e Guaraciaba, terminando no Poço, município de Ipú.
  Estivado foi crescendo e aparecendo novos moradores, novos donos de terras, como Tarcísio Marques, Francisco Antero, Joaquim Benedito, seu Del e outros. E hoje a população continua aumentando. A comunidade abriga 23 famílias, foi formada uma associação de moradores com o objetivo de trazer energia elétrica ao local e em 1995 foi inaugurada a luz de Estivado, na administração do governo municipal Dr. Egberto Martins. Em seguida foi construída passagens molhadas e as estradas foram melhoradas.