HISTÓRIA DO DISTRITO DE MARTINSLÂNDIA II
João Batista Ribeiro, Fundador da
Localidade
João Batista Ribeiro nasceu no dia 29 de
agosto de 1905 em Espinhos, atualmente distrito de Martinslândia, no
município de Guaraciaba do Norte, neto de Manoel Martins e Vitalina Martins e
filho de João Martins Ribeiro e Francisca Bezerra, os quais se conheceram no
estado do Pará. Dona Francisca Bezerra nasceu no município de Lavras da
Mangabeira. João Batista Ribeiro teve sete irmãos, Manoel Martins, Francisco
Martins, José Martins, Luís Martins (que por muito tempo foi o político forte
de Várzea dos Espinhos), Joana Martins, Maria Bezerra e Amélia Martins.
No decorrer de sua vida casou-se duas vezes,
primeiro em 30 de setembro de 1931 com dona Maria da Silva Melo, com a qual
teve 15 filhos, 6 mulheres e 9 homens, mas 5 crianças morreram e se criaram
dez, Juraci, Beatriz, Antuniza,
Leonardo, Luís, José, João, Aldair, Cícero e Francisco. Dona Maria da Silva
Melo faleceu e depois de certo tempo João Batista Ribeiro casou-se novamente
com dona Maria Bezerra Nobre no dia 30 de setembro de 1983, não tendo filhos
com a mesma.
Grande homem, bondoso e solidário. Era
bastante brincalhão, adorava dançar, muitas das vezes saía da sua casa de
cavalo com destino a região da Macambira, hoje pertencente à Croatá,
somente para prestigiar as festas e dançar. Aos domingos ele organizava as
tertúlias, festas dançantes ao claro da lamparina, a qual se estendia, às vezes
até de manhã. Seu hobby preferido era trabalhar na agricultura e cuidar da sua
criação de gado (bois, ovelhas, cabras, etc). Segundo sua segunda esposa, dona Maria
Bezerra Nobre não se zangava com nada, mas era bastante verdadeiro, ou seja,
quando queria falar alguma coisa para alguém falava mesmo, no entanto, tinha um
coração enorme. Além de falar, também escrevia muito bem, sendo seu estudo
provavelmente resultante dos momentos que estudou com professores particulares
pagos por seu pai. Em seus terrenos tinham vários moradores.
Quando
criança e jovem ajudava seu pai na lavoura de cana-de-açúcar, também no engenho
fazendo cachaça e rapadura, foi assim que aprendeu degustar a cachaça. Vale
lembrar que bebia socialmente, nunca se embriagou.
Em suas terras viviam muitas famílias como
moradores. Agora um dos grandes feitos deste homem foi doar seus terrenos para
o desenvolvimento da localidade, pois o posto de saúde, a escola e igreja foram
construídas nas terras doadas por ele, tirando algumas que doou para famílias
carentes do local. Vale ressaltar que ele foi o primeiro a celebrar a palavra
de Deus na localidade.
João Batista Ribeiro faleceu no dia 16 de
janeiro de 1995, acometido de uma doença traiçoeira e de difícil cura, que foi
um câncer, sem falar de um eczema que o incomodava demais. Próximo a sua morte
ainda levou uma queda que lhe fraturou um osso, agravando mais ainda sua
situação. Segundo sua esposa, dona Maria Bezerra Nobre, companheira até o
final, ele nunca se maldizia, somente valia-se de Deus, muito paciente. Ele se
foi, mas deixou um legado inegável e de extrema relevância para as futuras
gerações.
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