A construção da igreja
Existia um movimento na comunidade da Martinslândia no
final da década de 1960 e no início da década de 1970, chamado de Cáritas
Diocesanas, uma associação de 100 sócios, com sede em Sobral, supervisionada no
município por Monsenhor Antonino, responsável pela paróquia de Guaraciaba do
Norte. Na comunidade de Martinslândia João
Batista Ribeiro comandava os representantes desta associação, era o 1º
presidente, Maria Bezerra era a 2ª presidente, Neuza Martins era a
coordenadora, Antonio Profiro era o secretário, Juraci Martins era a tesoureira
e Giseuda
Martins era a porta-voz. Os beneficiados com cestas básicas eram as famílias
mais carentes. A associação chegou a construiu até uma casinha para uma família
sem moradia.
Foi a partir desta associação que foi
construída a capela de Martinslândia no
ano de 1976. Somente participavam da associação pessoas casadas na Igreja
Católica, que trabalhassem para conseguirem fazer um salão, o qual
posteriormente devido a pressão e argumentação de Juraci Martins Melo mudou
para igreja. Francisco Martins, também filho de João Batista Ribeiro trouxe uma
imagem pequenina da Virgem dos Pobres de onde era seminarista e resolveram
torná-la padroeira da localidade. Posteriormente o mesmo pediu a um frei, cujo
nome era frei Pascoal de Ipuarana na
Paraíba uma imagem maior da Virgem dos Pobres, o mesmo atendeu ao seu pedido,
veio da Bélgica diretamente para Martinslândia.
No início a igreja não tinha sua pedra
fundamental, mas depois a recebeu. Foi trazida pelo padre da paróquia e foi
colocada debaixo da imagem da santa. A pedra na verdade não é uma pedra, mas
sim um documento que é colocado dentro de uma garrafa, em nome da Virgem dos
Pobres, lavrado no cartório de Várzea dos Espinhos.
Depois
da construção da igreja, o pároco de Guaraciaba do Norte, que era Monsenhor
Antonino na época não queria batizar a capela, pois o mesmo queria que a igreja
fosse particular e seus idealizadores, na representação de João Batista Ribeiro
queria que fosse pública. Segunda a explicação de dona Juraci Martins Melo, uma
das idealizadoras da capela, a diferença é que a pública todo mês tinha que ser
celebrada uma missa e tinha que ter a festa religiosa da padroeira todo ano,
enquanto a particular somente quando o padre quisesse.
João Batista Ribeiro mandou uma carta para o
bispo Dom Timóteo da diocese de Tianguá pedindo a benção da capela pelo bispo, o
mesmo respondeu a carta se desculpando por não poder vir pessoalmente, mas
ordenando que Monsenhor Antonino batizasse a capela como pública.
No dia 27 de julho de 1976 aconteceu a benção
e inauguração da capela da Virgem dos Pobres, diante de uma população animada e
dando graças a Deus por ter uma igreja em sua localidade. Neste dia foi
celebrada a primeira missa por Monsenhor Antonino. O primeiro casamento feito
na capela foi de Raimundo Emídio e Francisca Teodoro. O primeiro batismo
foi de Antonio Francisco, filho de Alzenir.
Atualmente a igreja conta com a coordenação de
Josimeire Martins e detém movimentos como Pastoral da Saúde, Pastoral do
Dízimo, Grupo dos Leigos Comprometidos, Grupo Jovem, Grupo da Liturgia, Grupo
do Cenáculo, Coral Jovem, Senhora e Criança, Ministério de Música, Grupo de
Intercessão, Grupo de Oração, Grupo da Renovação Carismática Católica, grupo do
Apostolado da Oração, Grupo de Dança, Grupo da Catequese, Grupo de Acolhimento,
Grupo dos Coroinhas, Terço dos homens, das crianças e das mulheres, Grupo de
Pregadores, grupo de Teatro, grupo dos Missionários, Grupo dos Ministros, Grupo
do Terço da Misericórdia e Grupo do Rosário a São Miguel Arcanjo.
Cabe
destacar também a importância de Marcelho Ribeiro como um dos principais
responsáveis pela difusão da fé católica em Martinslândia.
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